Vacina da Sinopharm continuou ativa, mas enfraquecida, contra variante sul-africana
Duas vacinas contra Covid-19 de empresas chinesas, incluindo a Sinopharm, provocaram reações imunológicas contra uma variante altamente transmissível do coronavírus encontrado primeiramente na África do Sul, mas seu efeito pareceu mais fraco, mostrou um estudo de laboratório com uma amostra pequena divulgado na terça-feira.
Teme-se que variantes do vírus possam enfraquecer os efeitos das vacinas e tratamentos desenvolvidos antes de seu surgimento.
Doze amostras de soro, cada uma tirada de pessoas que receberam as duas vacinas desenvolvidas por uma subsidiária da China National Pharmaceutical Group (Sinopharm) e uma unidade da Chongqing Zhifei Biological Products, preservaram a atividade neutralizadora contra a variante sul-africana, disseram seus pesquisadores em um estudo.
O estudo foi escrito por pesquisadores do Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, filiado à Sinopharm, do Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências, que está codesenvolvendo uma candidata a vacina com a unidade da Zhifei, e duas outras agências chinesas.
Mas a atividade das amostras contra a variante foi mais fraca do que contra o vírus original e outra variante que atualmente se dissemina em todo o mundo, de acordo com o estudo publicado no site BioRxiv antes de ser analisado pela comunidade científica.
A redução da atividade “deveria ser levada em conta por seu impacto na eficácia clínica destas vacinas”, disseram eles.
A vacina da Sinopharm foi aprovada na China para o público em geral, e também é usada em vários outros países, como os Emirados Árabes Unidos. A vacina da Zhifei está em testes clínicos de estágio avançado na China e no exterior.