Vacina bivalente: O que você precisa saber sobre a nova rodada de vacinação
A campanha para aplicação da vacina bivalente em pessoas que fazem parte de grupos de risco começou na segunda-feira (27), como parte do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado pelo Ministério da Saúde.
O principal objetivo do Movimento é a retomada dos altos índices de coberturas vacinais no Brasil, que estão em declínio há seis anos.
O início da campanha foi anunciado em evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. A solenidade também contou com a participação do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
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“A gente tem que ter consciência de que o Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Era o [país] mais respeitado do mundo pela capacidade das nossas enfermeiras e enfermeiros da injeção”, destacou Lula durante discurso de lançamento da campanha.
O presidente fez ainda um apelo para a população atualizar o calendário de vacinação e aproveitou para tomar a quinta dose da vacina contra covid-19, a bivalente, aplicada por Geraldo Alckmin, que é médico.
“Eu tenho 77 anos e tomei minha quinta vacina. E se tiver a sexta, vou tomar a sexta. Se tiver a sétima, vou tomar a sétima. Eu tomo vacina porque eu gosto da vida, porque a vida é um dom maior que Deus nos deu”, disse Lula.
Vacina bivalente
A vacina bivalente é destinada para as pessoas que já completaram o esquema básico de vacinação ou que já receberam uma ou duas doses de reforço, com o devido intervalo de quatro meses da dose mais recente.
Esta vacina só pode ser aplicada em pessoas com idade acima dos 12 anos e a proteção engloba a cepa original do coronavírus e também algumas subvariantes da Ômicron.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 19 milhões de doses já foram distribuídas para os estados e o Distrito Federal.
Ainda segundo a pasta, a vacina melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron, com perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.
“A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.
Chegada no Brasil
No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pela Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. A indicação é de que sejam utilizadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço.
“Para quem é recomendada a bivalente? Só como reforço. Para pessoas que foram plenamente vacinadas com o esquema primário que, em geral, são duas doses ou dose única. Mesmo para aquelas que já fizeram a terceira e a quarta doses, dois reforços”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.
“Essas pessoas que têm essa vacinação já feita, desde que tenham se passado quatro meses da última dose, podem receber a bivalente.”, completa.
Aplicação da nova dose
De início, a vacina será aplicada somente nos grupos de risco. Conforme o anunciado pelo ministério, a imunização será feita da seguinte forma:
- Fase 1: pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
- Fase 2: pessoas com idade entre 60 e 69 anos;
- Fase 3: gestantes e puérperas;
- Fase 4: profissionais de saúde.
Em março, o governo pretende expandir a dose bivalente para toda a população acima de 12 anos.
No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou cronograma da primeira fase da aplicação da vacina com as seguintes datas:
- Dia 27/02 – Idosos com 85 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 60 ou mais
- Dia 28/02 – Idosos com 80 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 50 ou mais
- Dia 01/03 – Idosos com 75 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 40 ou mais
- Dia 02/03 – Idosos com 72 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 30 ou mais
- Dia 03/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 20 ou mais
- Dia 04/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 12 ou mais
* Com informações da Agência Brasil