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Vacas “reativas” emitem mais metano e produzem menos leite

18 dez 2021, 9:27 - atualizado em 18 dez 2021, 12:51
Vaca Leite
Mudanças climáticas e produtividade tornaram-se dois grandes argumentos para a adoção do manejo racional, apontam pesquisadores (Imagem: Embrapa/ Mariana Campos)

A preocupação com a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global vem se destacando como preocupações latentes à agropecuária brasileira.

O temperamento interfere no metabolismo da vaca, influenciando a emissão do gás metano entérico, um dos principais causadores do efeito estufa.

Essa é a conclusão de pesquisa da Embrapa Gado de Leite (MG) em parceria com o Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A pesquisa demonstra que vacas cujo temperamento é mais reativo à presença humana e à ordenha, produzem menos leite.

Segundo as pesquisadoras que conduziram o trabalho, mudanças climáticas e produtividade tornaram-se dois grandes argumentos para a adoção do manejo racional, prática que começa a ser utilizada com sucesso entre produtores que têm vacas das raças Gir Leiteiro e Girolando em seus rebanhos.

“Outro argumento já conhecido na prática pelos produtores que adotam a técnica é a melhora no manejo dos animais, facilitando o trabalho de condução do gado, evitando acidentes e o descarte das vacas mais reativas”, relata a pesquisadora da Embrapa Mariana Campos, que coordenou a pesquisa no Complexo Multiusuário de Bioeficiência e Sustentabilidade da Pecuária, na Embrapa em Coronel Pacheco (MG).

As pesquisas da Embrapa e da UFJF mostram que os bovinos leiteiros mais reativos chegam a emitir quase 40% a mais de metano entérico por quilo de leite, quando comparado às vacas mais calmas.

A produção de leite também foi medida e, ao se realizar ensaios de digestibilidade e respirometria (em câmaras respirométricas), verificou-se que as mais reativas destinaram 25,24% menos energia líquida para a lactação, enquanto as mais calmas, que ruminam mais na sala de ordenha alocaram 57,93% mais energia líquida para a produção de leite.

Com informações da Embrapa

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