Utilities: Cteep (TRPL4) foi a única alta do mês e privatização da Sabesp (SBSP3) está mais próxima; confira os destaques do setor
Entre as empresas do setor de utilities (empresas do ramo de gás, energia elétrica e água), apenas a Isa Cteep (TRPL4) apresentou alta em abril, acelerando seu crescimento em maio.
Segundo o BB Investimentos, em relatório assinado por Rafael Dias, Copasa (CSMG3) e AES Brasil (AESB3) figuraram entre as maiores quedas do mês, em -6,7% e 6,4%, respectivamente.
O El Niño continuou influenciando o setor, mantendo as chuvas abaixo da média em quase todo o Brasil, exceto na região Sul, e impulsionando os níveis de consumo. O consumo residencial tem alta acumulada de 12% anualmente, com crescimento mensal de 14,3% na região Norte e 16,4% no Centro-Oeste.
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Os destaques do mês para o setor, segundo o BB, ficaram para:
- O leilão de privatização da EMAE (EMAE4), cujo Fundo Phoenix, de Nelson Tanure, acionista de nomes como Gafisa (GFSA3), levou a bolada com lance de R$ 70,65 por ação;
- assinatura da MP das renováveis, que concede R$ 165 bilhões em investimentos na geração de energia hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, além de antecipar o recebimento de recursos pelo governo no processo de privatização da Eletrobras (ELET3);
- anúncio de dividendos da Eletrobras, de R$ 0,40 por ação ON e R$ 1,82 por ação PNB, somando R$ 1,29 bilhão.
Ações da Isa Cteep avançam ganhos
A empresa chamou a atenção durante o mês por acumular alta de 7,23% por cinco pregões seguidos. Ao Money Times, especialistas se mostraram intrigados com os bons resultados, destacando a emissão de 1 bilhão de debêntures, o que coloca a empresa no radar do mercado.
Os analistas também estão de olho no recálculo baixista da indenização da Rede Básica Sistema Existente (RBSE), isso porque a Isa Cteep é uma das principais destinatárias do recebível, assim como a Eletrobras.
Privatização da Sabesp pode estar próxima
O relatório do BB também destacou a aprovação do projeto de lei pela prefeitura de São Paulo que permite a recontratação do serviço de saneamento com a Sabesp (SBSP3) em caso de alteração no controle acionário, alterando a legislação anterior, que previa extinção do contrato caso o controle da companhia fosse transferido para a iniciativa privada.
“Sendo a capital o maior contrato da companhia (aproximadamente 45% da receita), este era um importante passo para viabilizar a privatização da Sabesp”, afirma o analista.
“Agora é aguardada a definição pelo Governo de SP sobre os detalhes finais da venda de ações, como a quantidade de ações ofertadas e o preço mínimo por ação”, finaliza o BB Investimentos.