Agronegócio

Usinas do país antecipam moagem de cana e devem produzir mais açúcar, diz FCStone

18 mar 2020, 16:50 - atualizado em 18 mar 2020, 16:51
Etanol-açúcar
A FCStone estima a produção de açúcar na nova temporada em 33,1 milhões de toneladas (Imagem: Paulo Fridman/ Bloomberg)

Produtores de açúcar e etanol do Brasil iniciaram a moagem de cana da nova safra mais cedo do que na temporada passada, e devem fabricar mais açúcar e menos etanol, disse nesta quarta-feira a consultoria e corretora INTL FCStone.

Em uma nota a clientes, a empresa afirmou que 33 usinas estavam em operação no centro-sul do país na primeira quinzena de março, 22% a mais que em igual período do ano passado.

A safra de cana do centro-sul brasileiro tem início oficialmente em abril, mas algumas empresas dão o pontapé inicial antecipadamente.

A corretora projeta que a safra de cana 2020/21 da região atinja 597,8 milhões de toneladas, alta de 1,4% na comparação com a temporada anterior, com o clima favorável e uma taxa de renovação acima do normal impulsionando as produtividades agrícolas.

A FCStone estima a produção de açúcar na nova temporada em 33,1 milhões de toneladas, versus 26,6 milhões de toneladas na safra passada, à medida que usinas alocam 42,1% da cana para a fabricação do adoçante, contra uma mínima recorde de 34,1% vista em 2019/20.

Essa é a segunda vez em que a consultoria eleva o chamado mix de produção em favor do açúcar nas perspectivas para a nova safra. A empresa disse que a queda nos preços da gasolina nas refinarias do país está ajudando a aumentar a alocação da cana para a fabricação do adoçante.

Nesta quarta-feira, a Petrobras (PETR4)reduziu os preços da gasolina nas refinarias do país em 12%, o segundo grande corte em apenas uma semana.

As usinas devem diminuir a produção de etanol em 8% na nova temporada, a 30,6 bilhões de litros. Com os valores mais baixos da gasolina, o etanol deve perder competitividade em relação ao combustível fóssil nas bombas.

A FCStone estimou também uma redução na demanda global por açúcar devido à pandemia, mas disse que ainda projeta o balanço mundial de oferta em um déficit de 8,6 milhões de toneladas em 2019/20.

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