Usina sai do ‘porre’ do etanol hidratado, dobra produção de cachaça e triplica de açúcar
A Usina Coaf, comandada por produtores cooperados no Norte de Pernambuco, aposta mais na cachaça do que no etanol hidratado, já abandonado, na safra que começou em setembro
Não, não é brincadeira. À parte a elevação da produção de açúcar, dos 40 milhões de litros desse tipo de biocombustível, no ciclo 21/22, viraram apenas 5 milhões para atender alguns poucos contratos formalizados antecipadamente.
O aguardente sobe a 30 milhões de litros, mais que dobrando o volume, enquanto o açúcar salta de 17,1 mil toneladas para 54,5 mil/t.
Alexandre Lima, presidente da cooperativa Coaf e, também, da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), aponta ainda que, pela primeira vez, a indústria vai produzir etanol anidro, misturado à gasolina, à razão de 15 milhões de litros.
Nas condições de uma safra projetada para 900 mil toneladas de cana-de-açúcar – foi processada cerca de 20% até aqui -, sem respaldo em preços do biocombustível, com a insegurança sob as condições de repasse pela Petrobras (PETR4) à gasolina e com o ICMS no teto de 18% para os estados, não há nenhuma novidade na decisão da Coaf.
Entre tomar prejuízo com o hidratado, melhor garantir na cachaça, açúcar e no anidro.
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