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Usiminas (USIM5): Revisão da política de dividendos deve acontecer só no fim de 2023, diz Ativa

26 abr 2022, 12:32 - atualizado em 26 abr 2022, 12:32
Usiminas
Por enquanto, a Usiminas seguirá pagando o mínimo previsto em sua política (25% do lucro líquido), diz a Ativa (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

Apesar dos resultados ruins do primeiro trimestre, a Usiminas (USIM5) conseguiu manter uma liquidez “extremamente satisfatória”, avalia a Ativa Investimentos.

Segundo a corretora, fechando o ano “caixa líquida” em mais de R$ 1 bilhão, a Usiminas poderá, ao fim do investimento esperado para a reforma do Alto Forno 3, rediscutir a sua política de dividendos.

No entanto, a revisão deve acontecer no segundo semestre de 2023. Por enquanto, a companhia seguirá pagando o mínimo previsto em sua política (25% do lucro líquido), diz a Ativa.

Nos últimos resultados, a Usiminas reportou lucro de R$ 1,26 bilhão nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a uma alta de 5% comparado com o mesmo período de 2021.

A receita líquida totalizou R$ 7,8 bilhões, expansão de 11% no comparativo.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado veio 36% abaixo do montante registrado um ano antes, atingindo R$ 1,56 bilhão. A margem Ebitda ajustada caiu 14,4 pontos percentuais, a 19,9%.

Curto prazo nem tão bonito

A Ativa reiterou sua recomendação neutra para as ações da Usiminas, mas cortou o preço-alvo de R$ 19 para R$ 16.

Apesar do valuation atrativo (empresa é negociada a 2,3 vezes EV/Ebitda [valor da empresa sobre Ebitda] versus mediana de 6,3 vezes nos últimos cinco anos), a corretora acredita que o curto prazo deve colocar pressão sobre os papéis.

“Não vemos o mercado convergindo à valores mais ‘justos’ no curto prazo em função dos cenários enfrentados em siderurgia e mineração“, diz Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço, que assinam o relatório da Ativa divulgado nesta terça-feira (26).

A Ativa tem incertezas quanto ao desempenho da Usiminas no segmento de mineração ao longo de 2022. A companhia depende da demanda chinesa para atingir seu guidance de produção, lembra. Os preços de minério de ferro também são altamente expostos ao mercado chinês.

Na avaliação da corretora, o cenário futuro em mineração é melhor que o atual.

Em siderurgia, o momento vivido pela Usiminas é igualmente delicado.

“Embora as vendas domésticas neste primeiro trimestre tenha nos surpreendido e a empresa esteja com um nível adequado de estoques, o cenário futuro é um tanto desafiador, ao menos para 2022”, avalia o time de análise da Ativa.

A corretora vê o segmento de siderurgia pressionado pela pressão de custos, que acabou levando à postergação da reforma do Alto Forno 2.

As pressões de custos acabam impedindo que a Usiminas obtenha melhores margens nessa unidade de negócio.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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