Mercados

Usiminas (USIM5): JPMorgan corta preço pela metade e lista 3 motivos para vender papel

23 set 2024, 15:28 - atualizado em 23 set 2024, 17:25
Usiminas
(Imagem: IStock/Vladimir Zapletin)

2024 definitivamente não é o ano da Usiminas (USIM5). Após resultados fracos e perspectivas baixas, o JPMorgan cortou a recomendação da companhia para underweight, equivalente à venda, com preço-alvo de R$ 5,50, antes em R$ 11.

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No ano, o papel desaba 38% e negocia nos patamares de preço da pandemia da Covid-19, em 2020. Mas para o banco, a queda tem fundamentos, em meio a um cenário mais difícil para o setor.

Junto com a mudança, o banco rebaixou a expectativa do minério de ferro para US$ 110 em 2024, US$ 100/t em 2025 e US$ 95/t em 2026, uma queda de cerca de 3-5% em relação às estimativas anteriores.

No Ibovespa, USIM5 ficou entre as maiores baixas do pregão desta segunda-feira (23) e encerrou com queda de 4,76%, a R$ 5,60.

No relatório, o banco levanta três argumentos. Veja a seguir

Custos altos

Os custos de produção não diminuíram como inicialmente esperado.

Para o JP, Apesar das expectativas de reduções significativas após a reforma do Alto-Forno 3, os custos permaneceram altos devido ao real mais fraco ante o dólar, preços mais altos de placas e produção mista entre Ipatinga e Cubatão.

“Portanto, estamos ajustando nossos números para refletir custos estáveis em vez de reduções de custos para o próximo ano”, dizem.

China está jogando contra oferta

Outra preocupação recorrente de analistas, o JP diz que a China está pressionando os preços do aço no mundo, “e não esperamos que o cenário macroeconômico melhore no curto a médio prazo”.

“Mesmo com uma ligeira recuperação na demanda doméstica e a implementação de tarifas, as margens da Usiminas provavelmente não se recuperarão totalmente aos níveis históricos em breve”, argumenta.

O JP recorda que as margens de Ebitda, que mede o resultado operacional, da Usiminas passaram de 38% em 2008 para 10,4% negativos no quarto trimestre de 2015.

“Agora, a história não é muito diferente, e as exportações de aço chinesas continuam a inundar o mercado brasileiro”

E embora o Governo tenha implementado algumas tarifas e o JP espere uma ligeira recuperação dos preços do aço, essas medidas ainda não se materializaram em resultados.

Queda do minério de ferro

Com o minério de ferro em baixa, a Usiminas deverá lucrar menos. O JP cortou as expectativas de Ebitda para 2025 em 9% e 21% em 2026.

Coincidência ou não, os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta segunda-feira, atingindo nível mais baixo em mais de um ano, já que os investidores avaliaram as perspectivas de uma demanda fraca da China, em meio a recuperação econômica desigual e oferta maior.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações diurnas em queda de 4,5%, a 658,5 iuans a tonelada, marcando o nível mais fraco desde 17 de agosto de 2023.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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