Usiminas (USIM5): Goldman Sachs corta recomendação e reduz preço-alvo em 18%
O Goldman Sachs reduziu de compra para neutra a recomendação da Usiminas (USIM5), e cortou em 18% o preço-alvo das ações da companhia, a R$ 8 – o que ainda representa um potencial de alta de cerca de 15%.
Para os analistas do banco, é improvável que o desempenho operacional melhore antes do primeiro trimestre de 2024. A empresa, avaliam, deve registrar uma deterioração dos lucros e os investimentos deverão permanecer elevados, pressionando a geração de caixa.
O Goldman disse que tinha uma classificação de compra por conta da expectativa anterior de forte geração de fluxo de caixa e melhoria operacional devido a uma reforma em seu principal alto-forno, de acordo com relatório assinado por Marcio Farid e equipe.
“Continuamos reconhecendo o potencial de melhoria operacional no médio e longo prazo, mas acreditamos que o mercado exigirá mais visibilidade na melhoria dos lucros antes de incorporar isso em seus números”
O que impacta a Usiminas
O Goldman Sachs sugere que o custo da placa da Usiminas é cerca de 40% superior ao dos pares, diz que a lacuna pode ser reduzida, mas vê uma melhoria operacional limitada por conta da a empresa ter apenas uma coqueria em funcionamento (e abaixo do nível ideal).
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Para os analistas do banco, os lucros em aço e minério de ferro deverão enfraquecer ainda mais devido à desaceleração dos preços das commodities.
“Também esperamos que o capex permaneça elevado, em 78% do Ebitda, em média, até 2025, limitando o retorno aos acionistas”, disseram.
No balanços mais recente, a Usiminas reportou lucro de R$ 287 milhões no segundo trimestre de 2023, em uma baixa de 47% frente ao lucro do trimestre passado.