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Usiminas (USIM5) entre as maiores quedas do Ibovespa nesta segunda; oportunidade de compra?

28 nov 2022, 12:29 - atualizado em 28 nov 2022, 12:29
Usiminas Gerdau CSN
Santander rebaixa recomendação da Usiminas para “neutro” (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

O Santander rebaixou a Usiminas (USIM5) para “neutro” e realizou um corte no preço-alvo, antes em R$ 14,50 e agora em R$ 9 ao fim de 2023.

A atualização chega com o ajuste de estimativas para a companhia para refletir resultados realizados e perspectivas macroeconômicas.

Os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola, em relatório publicado na sexta-feira (25), avaliam um cenário mais fraco de resultados nos próximos trimestres, com menores preços realizados de aço plano mitigando custos mais baixos e níveis altos de capex (investimentos) – reparo na Coqueria 2 e parada para manutenção do Alto-Forno 3 em 2023.

O Santander estima uma queda anual de quase 50% para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2023, a R$ 2,5 bilhões, puxada por resultados mais fracos na divisão de aço.

“Temos uma visão mais conservadora que antes sobre o mercado de aço plano no Brasil, na expectativa de uma demanda mais fraca em 2023 e preços ainda sob pressão no primeiro semestre de 2023”, explicam os analistas, já avaliando o desempenho no próximo ano.

A XP Investimentos reiterou sua recomendação neutra para a Usiminas, citando os mesmos fatores levantados pelo Santander.

A corretora avalia que os custos, o capital de giro e a geração de caixa ainda serão pressionados nos próximos meses. Para a reforma do Alto-Forno 3, espera-se um aumento no desembolso em 2023, para R$ 1,2 bilhão, totalizando R$ 2,7 bilhões de investimentos.

Para a MUSA (divisão de minério de ferro da Usiminas) e linhas galvanizadas, investidores devem esperar mais clareza em 2024, afirma a XP.

“Acreditamos que os investidores aguardarão uma melhor visibilidade de quando esse processo terminar para ganhar confiança para aumentar a exposição”, conclui.

Os papéis da Usiminas recuavam 3,15% por volta das 12h20 desta segunda-feira (28), cotados a R$ 7,37 cada. Incertezas sobre as restrições impostas pela China para controlar a disseminação da Covid-19 no país pressionam as negociações do minério de ferro, impactando diretamente as empresas negociadas na Bolsa.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.