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Usiminas (USIM5) destaca fator que pressiona os custos; ações derretem 18%

26 jul 2024, 13:50 - atualizado em 26 jul 2024, 13:50
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Usiminas realiza teleconferência após divulgação dos resultados do 2T24; ações despecam (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

As ações da Usiminas (USIM5) ocupam com folga o primeiro lugar entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (26), após reportar números referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24) que não agradaram o mercado.

Em teleconferência realizada há pouco, o CEO da siderúrgica, Marcelo Chara, sublinhou um cenário siderúrgico “desafiador” e pontuou que a forte pressão dos custos de matéria-prima e do real geram a necessidade de revisão dos preços do aço.

Sobre os custos da companhia, Thiago Rodrigues, vice-presidente financeiro (CFO) da Usiminas, explicou que em torno de 60% dos custos da companhia estão vinculados ao dólar. Ele destaca que existe uma expectativa de melhoria para o próximo trimestre, mas que o câmbio tem um papel muito importante nisso.

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“O câmbio nas últimas semanas está constantemente acima de R$ 5,50. Em um cenário de câmbio médio nesse patamar no terceiro trimestre, vai ficar difícil a gente compensar completamente 100% dos efeitos”.

O CEO comenta que é natural o impacto do câmbio em indústrias como da Usiminas, tendo em vista que muitos custos são dolarizados, no entanto, destaca o foco da empresa em continuidade de melhoria, destacando que a visão da empresa é de longo prazo. “Não é de mês, não é de trimestre. É de construir uma fortaleza industrial”, disse Chara.

Thiago espera que o terceiro trimestre apresente um custo normalizado, após ter sido atingida estabilidade considerada adequada do Alto-Forno 3 no fim do segundo trimestre. Do ponto de vista

USIM5 chegou a derreter 18,50% no pregão desta sexta-feira (26). As ações caem forte desde a abertura do mercado.



Mercado digere mal resultado da Usiminas

A siderúrgica registrou prejuízo líquido de R$ 100 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), mostra balanço divulgado ao mercado nesta sexta.

A companhia atribui a variação à piora do resultado operacional, além do impacto desvalorização do real frente ao dólar na dívida da empresa.

Já o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, principal ponto negativo destacado pelos analistas, foi de R$ 247 milhões no segundo trimestre do ano, baixa de 41% na comparação trimestral e de 33% na anual.

BTG Pactual aponta que o Ebtida veio 40% abaixo de sua expectativa. Para o banco, o erro foi totalmente relacionado a um desempenho operacional mais fraco do que o esperado nas unidades de aço.

“Em nossa visão, a perda de lucros deste trimestre, juntamente com a falta de visibilidade sobre a redução de custos, pode levar a ação a reverter os ganhos recentes, à medida que os investidores começam a considerar um caminho mais longo para uma taxa de execução de Ebtida maior que R$ 3 bilhões”.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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