Comprar ou vender?

Usiminas é a melhor ação para aproveitar a dispara dos preços do aço

16 mar 2021, 21:15 - atualizado em 16 mar 2021, 22:21
Mineração
Com o real desvalorizado e a alta demanda, o preço aço deverá manter o fôlego lá em cima (Imagem: Nobull/Pixabay)

A mistura de estoques baixos e alta demanda levaram um importante produtor brasileiro a anunciar uma nova rodada de aumento de preços de 10% a 15% para aços planos e longos a partir de 1º de abril.

De acordo com a Ágora, a elevação dos valores deverá atingir o setor como um todo. Até porque o real segue desvalorizado e os preços internacionais estão subindo.

Somado a isso, há a recuperação da demanda global e as potenciais restrições à produção na China, o que poderia abrir espaço para mais aumentos no mercado doméstico.

Os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi calculam que, considerando a exportação de BQ (boninas laminadas a quente) chinesa a US$ 723/tonelada, a paridade 1US$/R$ 5,62, os preços domésticos de BQ estão sendo vendidos atualmente com um prêmio de 3% sobre o material importado. No lado do vergalhão, o prêmio é de 2%.

“Assim, as iniciativas de preços anunciadas para abril têm espaço para serem implementadas, pelo menos parcialmente”, afirmam.

A Usiminas (USIM5) é a principal escolha em siderurgia da Ágora, com preço-alvo de R$ 22, potencial de valorização de 18%. A corretora também recomenda a compra da Gerdau (GGBR4), que tem preço-alvo de R$ 33.

Recentemente, a Ágora elevou os preços-alvo das ações da mineradora Vale (VALE3), bem como das siderúrgicas Usiminas e Gerdau , após enxergar uma grande desconexão nas expectativas.