Usiminas (USIM5) caiu demais e agora pode disparar, projeta Morgan Stanley; veja potencial
A Usiminas (USIM5) ignora o dia ruim dos mercados, com a queda do Ibovespa, disparada do dólar e tombo do minério de ferro. A alta tem um motivo bem claro, no entanto: o Morgan Stanley resolveu dar um ‘voto de confiança’ para empresa, que desaba 40% no ano.
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O banco elevou a recomendação para overweight, ou seja, desempenho acima do mercado, com preço-alvo de R$ 9,7, o que implica alta de 61% ante o último fechamento.
Segundo os analistas, a ação está sendo negociada abaixo da média das outras empresas do setor, enquanto haverá uma redução de custos, um ponto de preocupação de parte do mercado e que ajudou a derrubar o papel.
“Acreditamos que os investidores jogaram a toalha e esperam ganhos mínimos — se houver — da reforma do alto forno BF. Para nós, isso sugere um potencial de alta caso a empresa consiga entregar apenas uma parte das eficiências prometidas”, diz.
As ações estão sendo negociadas a um EV/Ebitda (valor de firma sobre resultado operacional) para 2025 de 4,8x, em linha com sua média histórica, mas 23% abaixo da média ponderada de seus pares.
Melhora da eficiência da Usiminas
O Morgan diz que as reduções de custos ainda não foram refletidas nos resultados da empresa.
Ainda para o banco, o foco da nova gestão na lucratividade e seu sólido histórico em recuperação de ativos devem dar frutos.
“Estamos confiantes em assumir que pelo menos alguns dos ganhos de produtividade da reformulação do alto forno virão”.
O Morgan incorporou uma melhora conservadora de 25%, que começará a se traduzir em resultados já no quarto trimestre de 2024.
Os ganhos de eficiência devem se traduzir em geração positiva de FCF (fluxo de caixa) a partir de 2025, com o rendimento do FCF em 3,1% no próximo ano.
Os números revisados, porém, ainda estão abaixo do consenso em 2024 (Ebitda ajustado de R$ 1.4 bi, 27% abaixo do consenso) e 2025 (Ebitda ajustado de R$ US$ 2.881 bilhões, 4% abaixo) potencialmente indicando espaço para queda das ações.
No entanto, os analistas dizem que a maior parte disso já está precificada nos níveis atuais.