USDA confirma: oferta de carne cairá nos EUA, com boi mais caro sobre as margens dos frigoríficos
Na comparação com 2021, quando a produção de carne bovina caiu nos Estados Unidos pelo menor consumo, então o corte projetado na oferta dos frigoríficos em 2023, de até 900 mil toneladas, também será devido à baixa no apetite da população.
Naquele ano, foi a pandemia reduzir a abertura dos restaurantes e a circulação; no atual, serão os efeitos dos preços ou, de um modo geral, a retração trazida pela inflação caso a política de juros não surta maior efeito.
JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3), com operações locais, e Tyson Foods, os grandes no país, já trabalham com essa projeção, de resto já entendida pelos investidores em ações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu último relatório de “cattle” e “beef”, reviu suas projeções anteriores para a produção de 12.108 milhões de toneladas neste ano.
Resultará entre 800 a 900 mil/t a menos na comparação com o ano passado. Se consolidada de fato, ficará até abaixo de 2021, concretizada em 12,6 milhões/t.
A redução do plantel americano encarecerá mais o valor da distribuição e do varejo, pelo custo mais elevado na compra de bois. Carne ficará mais cara.
O USDA reportou 89,3 milhões de cabeças de gado em 1º de janeiro, entre machos e fêmeas adultos e bezerros, sendo que todo gado em engorda para ser abatido apresentava uma redução de 4%, para 14,2 milhões de exemplares.
Uma vez que que o departamento americano do agronegócio não acusa baixa nas exportações esperadas do país de proteína bovina, até dezembro, fica certo, portanto, que a circulação doméstica que sofrerá.
O alento para os frigoríficos brasileiro vêm das importações dos EUA, que devem crescer também, diz o documento, embora a preços mais pressionados.
Nessa ponta, além de Marfrig e JBS, ainda entram a Minerva Foods (BEEF3) e suas filiais da Argentina, Uruguai e Colômbia.