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US$ 18 bilhões para a Petrobras? Não é bem assim, diz Credit Suisse

20 mar 2019, 7:58 - atualizado em 20 mar 2019, 12:00
Petrobras
Na opinião do Credit Suisse, é muito cedo para criar confiança no valor que a Petrobras deve receber

O mercado esteve animado na véspera com um fluxo de notícias favorável para uma solução do acordo da cessão onerosa entre a Petrobras (PETR3PETR4) e o governo federal até o final deste mês. Os papeis terminaram o dia com valorização, que foi acentuada no final o dia com uma notícia da Bloomberg.

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A agência calculou que a estatal deverá receber mais de US$ 18 bilhões por meio de pagamentos por suas reservas de petróleo, através do governo e de fontes privadas, resolvendo disputa datada de 2013.

Em relação a parte pública, o governo brasileiro pretende realizar acordo com a petrolífera como compensação pelo excesso de petróleo encontrado em campo, em nível superior ao projetado inicialmente.

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A estatal comprou do governo direitos de produzir 5 milhões de barris, porém, no processo de exploração, descobriu mais petróleo. Desta forma, a estatal e o governo deverão entrar em acordo até o final do mês antes do leilão de parte dos 15 milhões de barris estimados, dado que a Petrobras permanece como única exploradora do campo.

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Na opinião do Credit Suisse, contudo, é muito cedo para criar confiança no valor que a Petrobras deve receber como parte da renegociação dos 5 bilhões de barris originais.

As suposições que apoiam os modelos de avaliação estão sendo amplamente discutidas e precisam ser sólidas para fornecer um conforto legal antes que os documentos finais para essa negociação bilionária sejam assinados, argumenta o banco.

“Assim, acreditamos que os valores (não confirmados) citados nos artigos de notícias estão sujeitos a alterações até que uma decisão final seja tomada sobre o acordo. Pela mesma razão, também acreditamos que o acordo final demorará mais tempo do que o sugerido no artigo de notícias, e não esperamos um resultado final no curto prazo”, analisa Regis Cardos, que assina a avaliação.

Por outro lado, ele entende que o fluxo de notícias é um sinal de que as renegociações estão de fato convergindo para um recebível substancial em favor da Petrobras.

O valor de US$ 9 bilhões pela transferência, se confirmado, este sim traria alegrias ao investidor

Pagamentos

O Credit Suisse pontua que as ações da Petrobras subiram ontem depois que as notícias sobre o reembolso adicional de US$ 9 bilhões atingiram o mercado. “No entanto, acreditamos que a reação positiva não é necessariamente garantida na ausência de mais detalhes”, diz Cardoso.

Isso porque, conceitualmente, o reembolso deve compensar apenas o valor que seria perdido no processo de unitização e não criar valor para os acionistas. O valor de US$ 9 bilhões pela transferência, se confirmado, este sim traria alegrias ao investidor.