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Unidas, Movida ou Localiza: quem ganhou a corrida do 1º trimestre?

07 maio 2021, 21:49 - atualizado em 08 maio 2021, 11:22
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Apesar disso, os analistas Pedro Bueno e Lucas Laghi afirmam que a Unidas foi o destaque positivo, com alta de 167% no lucro líquido (Imagem: Divulgação/Unidas)

Mais uma vez, o setor de aluguel não fez feio e arrancou belos lucros no primeiro trimestre de 2021. No geral, todas as três grandes do setor, Unidas (LCAM3), Localiza (RENT4) e Movida (MOVI3), foram bem no período, aponta a XP Investimentos em relatório enviado a clientes.

Apesar disso, os analistas Pedro Bueno e Lucas Laghi afirmam que a Unidas se sobressaiu, com alta de 167% no lucro líquido impulsionado pelo desempenho superior de sua operação incumbente de aluguel de frotas.

“Enquanto Localiza e Movida também mostraram crescimento de receita, ambos os players viram a margem Ebitda cair como resultado de aumento dos custos de manutenção”, afirmam.

Seminovos foi destaque

O segmento de seminovos segue aquecido com os preços maiores, puxado pela crise do setor automotivo, que tem levado muitas pessoas a optarem por esse tipo de veículo.

A Movida aumentou o tamanho da frota em 5 mil veículos, enquanto Unidas e Localiza diminuíram ligeiramente a frota em 1.000 e 3 mil veículos.

“Observamos que a receita do seminovos, embora positivamente impactada por preços de venda mais elevados, é prejudicada pela queda de volumes”, dizem.

Visão de longo prazo animadora

De acordo com os analistas, o setor de aluguel de carros continuará dando boas notícias para os seus investidores nos próximos anos.

“Esperamos que os fortes resultados de seminovos se prolonguem no médio prazo e a demanda saudável permita uma aceleração no ritmo de crescimento das atividades de locação, conforme o problema da cadeia de suprimentos automotivos seja resolvido e a produção normalizada”, dizem.

Crescimento depende de montadoras

Em entrevista ao Money Times, o diretor financeiro e de relações com investidores da Movida, Edmar Lopes, afirmou que as montadoras são um ponto de interrogação.

“Eu digo que é um ponto de interrogação a questão das montadoras, que estão sofrendo bastante na sua cadeia de suprimentos e da necessidade delas fecharem durante a quarentena”, argumenta.

Mesmo assim, ele lembra que a empresa cumpriu com o projetado, acionando 13 mil carros novos em sua frota.

“Tínhamos uma expectativa já calibrada para um risco. Para o segundo trimestre, a nossa expectativa é receber mais carros. Quantos? Não sei, vai depender dos próximos meses”, observa.

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