Unidades da JBS (JBSS3) nos EUA adotarão planos de resposta à pandemia após surtos de Covid
Unidades da processadora de carne JBS (JBSS3) USA concordaram em implementar planos de preparação para doenças infecciosas em sete fábricas dos EUA, após um relatório do Congresso americano descobrir que a indústria falhou em impedir a propagação da Covid-19 entre os trabalhadores.
O acordo foi anunciado nesta sexta-feira pela Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA (OSHA, na sigla em inglês), que disse que as empresas trabalharão com equipes de especialistas externos para desenvolver e implementar novas políticas de engenharia, ventilação, triagem de visitantes, limpeza e equipamentos de proteção individual.
A OSHA disse que o acordo envolve plantas em seis Estados onde a JBS opera, por meio de unidades da Swift Beef, Swift Pork, JBS Souderton e JBS Green Bay.
A JBS USA, subsidiária da brasileira JBS, disse que os planos que está desenvolvendo se basearão em um “manual da Covid-19” que a empresa já adotou, que estabelece as melhores práticas e fornece orientação para operadores das plantas.
Em 2020, sete trabalhadores em duas instalações da JBS no Colorado e Wisconsin morreram de Covid-19 e quase 650 funcionários testaram positivo para o vírus.
A OSHA disse nesta sexta-feira que descobriu que as instalações não tomaram medidas para proteger os trabalhadores e cobrou 14.502 dólares em multas.
Uma análise da Reuters de dados públicos divulgados em janeiro descobriu que quase 90% das plantas de processamento dos EUA pertencentes à JBS e quatro outras grandes empresas de carne tiveram casos de Covid-19 em 2020 e início de 2021, e que 269 trabalhadores morreram durante esse período.
John Rainwater, funcionário da OSHA em Dallas, Texas, disse que a agência garantirá que o acordo com a JBS seja cumprido para evitar que surtos em massa voltem a acontecer.
O anúncio ocorre duas semanas depois que um painel da Câmara dos Deputados dos EUA divulgou um relatório dizendo que a JBS e outros grandes processadores de carne não adotaram medidas para conter a propagação do coronavírus.
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