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Unick contrata escritório de advocacia e diz que pagará investidores em acordos extrajudiciais

02 out 2019, 10:05 - atualizado em 02 out 2019, 10:07
A Unick havia se comprometido a liberar os pagamentos na última segunda-feira, 30 de setembro (Imagem: Facebook/Empresa)

Por Arena do Pavini

Em mais um capítulo da novela da Unick Forex, que oferecia ganhos de 1,5% a 3% ao dia e prometia dobrar o capital de seus investidores em seis meses, mas parou de pagar os resgates em agosto, a empresa agora diz que vai pagar os investidores que quiserem sair do negócio em acordos extrajudiciais.

Para isso, contratou um escritório de advocacia, cujo nome não foi divulgado, para organizar os acordos. A Unick havia se comprometido a liberar os pagamentos na última segunda-feira, 30 de setembro, o que não ocorreu, como em diversas ocasiões anteriores. Em lugar disso, anunciou um novo processo de pagamento.

A justificativa foi que, diante das ações de cobrança distribuídas contra empresas vinculadas direta ou indiretamente ao projeto Unick Academy, novo nome adotado pela Unick Forex, para evitar passivos e custos judiciais indevidos, todos os cancelamentos solicitados serão realizados por meio de acordos extrajudiciais, “garantindo o recebimento e a segurança que todos os clientes precisam”.

A Unick acrescenta que, “com o objetivo de demonstrar ainda mais a transparência em suas ações, a empresa optou pela contratação de um grande escritório de advocacia, com presença física para atender a todos os cancelamentos de forma profissional, rápida e eficaz, não causando prejuízo a nenhuma das partes”. E acrescenta que “maiores informações e contatos serão disponibilizados em breve, ainda esta semana”.

A empresa responde a processo administrativo sancionador na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que detectou indícios de pirâmide financeira na forma como a empresa oferecia investimentos para o público, na forma de compra de pacotes de educação financeira. Na prática, os compradores queriam os retornos prometidos pela empresa, muito superiores aos de mercado, além de comissões pelas indicações de novos associados.

Hoje, um protesto organizada por credores da empresa em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, fracassou, com a presença de poucos investidores. Nos grupos de investidores nas redes sociais, circula a versão apresentada pela direção da empresa de que ela foi vítima de um golpe que teria roubado R$ 2 bilhões das contas. A empresa diz ter um milhão de clientes em todo o país.

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