Commodities

Unica vê vitória em nova cota para importação de etanol sem tarifa

02 set 2019, 10:16 - atualizado em 02 set 2019, 10:16

 

Combustível Etanol Diesel Gasolina
Unica comemora cota anual sem tarifa para importações de etanol em 750 milhões de litros ante 600 milhões, aprovada pelo governo brasileiro (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) considerou “uma grande vitória do governo brasileiro” o estabelecimento de uma nova cota anual sem tarifa para importações de etanol em 750 milhões de litros, de 600 milhões anteriormente, uma vez que havia pressões para uma liberalização total do mercado, com taxa zero para qualquer volume.

No final de julho, a Unica defendeu que manter qualquer facilidade para importações favoreceria os Estados Unidos, maiores exportadores para o país, e prejudicaria a indústria de cana do Brasil, que havia se preparado para o final da cota para importações sem tarifa.

O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão em relação à cota de importações, mas segundo a Unica o novo limite foi estabelecido após negociações lideradas pela ministra da Agricultura, Teresa Cristina, com respaldo do presidente Jair Bolsonaro.

Em nota à imprensa, a Unica citou “meses de tensão” antes do resultado das negociações, que segundo a associação “demonstra firmeza do Brasil”, uma vez que estabeleceu “condições para um incremento futuro do comércio bilateral de etanol”.

Segundo a entidade, as condições em troca da cota envolveriam “abertura do mercado americano de açúcar, um dos mais protegidos do mundo, e a implementação efetiva do E15 (mistura de 15% de etanol na gasolina, versus os 10% atuais) nos Estados Unidos”. A associação, no entanto, não cita prazos para essas medidas.

A Unica disse que o tom proposto para as negociações pelo Ministério da Agricultura foi adotado por membros da equipe econômica, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, e transmitido ao governo norte-americano pelo chanceler brasileiro Ernesto Araújo em “encontro que contou com a presença e influência do deputado federal Eduardo Bolsonaro”.

O deputado, filho do presidente Bolsonaro, foi escolhido por ele para comandar a embaixada do Brasil em Washington, mas ainda não teve a indicação submetida ao Senado Federal.

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