União Hapvida-NotreDame não poderia ser “melhor” para ambas empresas
“O acordo de combinação de negócios não poderia ser melhor para ambas companhias”, é a mais clara observação do BTG Pactual (BPAC11) em relação à eventual fusão entre Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3), que pegou o mercado no susto na última sexta-feira (8).
Os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, que assinam o relatório do banco, já iniciam a cobertura da eventual fusão traçando um paralelo temporal: como ativos complementares, desde que a Hapvida e a NotreDame realizaram seus respectivos IPOs, muitos investidores já se questionavam quando a união de ambas ocorreria.
“Com 18% do mercado brasileiro de saúde privada — Hapvida com 9% e NotreDame também –, a nova companhia resultante da fusão terá aproximadamente 8,24 milhões de beneficiários espalhados pelo quatro cantos do Brasil. ”
E já levando em conta a alta expressiva das ações de ambas empresas na última sexta-feira (8), o BTG estima que a empresa fruto da combinação tenha um valor de mercado de aproximadamente R$ 118 bilhões.
A mágica do acordo de fusão, segundo a dupla de analistas, reside no alto grau de sinergia e complementação, que não esbarrariam em nenhum risco antitruste pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
“A Hapvida não está presente no principal foco de crescimento da NotreDame, que é a cidade de São Paulo, onde a última detém menos de 25% de participação de mercado. Similarmente, a NotreDame praticamente não tem exposição nas região Norte e Nordeste, terras em que a Hapvida mantém 60% de seu portfólio”, exemplificam Alves e Cesquim.
O BTG recomenda tanto a compra das ações da Hapvida quanto os papéis da NotreDame Intermédica.