União Europeia vai propor maior transparência para CDS de 8 bancos
A Comissão Europeia proporá maior transparência na negociação de swaps de inadimplência de oito grandes bancos para espelhar as regras nos mercados dos Estados Unidos, mostrou um documento da União Europeia visto pela Reuters.
Os chamados swaps de inadimplência de crédito (Credit Default Swaps, CDS, em inglês, uma espécie de seguros contra calotes) para uma única instituição estão sob pressão regulatória após o colapso e o resgate do Credit Suisse, que desencadearam alta volatilidade no mercado de CDS para alguns bancos sistêmicos, com o Deutsche Bank em particular.
“Uma das conclusões sobre os eventos de 24 de março foi que os contratos de CDS de nome único estão opacos e ilíquidos”, disse o órgão executivo da União Europeia em um documento preparado para uma reunião de países do bloco na quinta-feira.
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A Comissão disse que propõe a reinserção dos CDS de Santander, BNP Paribas, Credit Agricole, Deutsche Bank, ING, Intesa Sanpaolo, Société Générale e DZ Bank no âmbito das operações de derivativos sujeitas à transparência pós-negociação.
Os países da União Europeia e o Parlamento Europeu estão negociando uma atualização das regras do mercado financeiro ‘MiFID II’ do bloco, nas quais o requisito de transparência mais forte para o CDS será inserido.
A Esma, órgão regulador de valores mobiliários da União Europeia, estabelecerá uma estrutura para publicar os preços dos CDS e a ordem de “senioridade” na qual os spreads precisarão ser publicados para evitar confusão no mercado, disse o documento.
“Uma análise comparativa das regras de relatórios públicos pós-negociação dos Estados Unidos e da Europa referentes a CDS de nome único demonstra onde está o problema: assimetria de informações entre dois mercados globais que invariavelmente negociam CDS nas mesmas entidades de referência”, acrescentou.
Os reguladores de derivativos norte-americanos exigem a publicação de uma transação de CDS o mais rápido possível tecnologicamente, normalmente em 15 minutos para volumes acima de 5 milhões de dólares.
Na Europa, as transações são publicadas no segundo dia útil após a data da transação, com atraso de até quatro semanas permitido pelos reguladores em alguns casos.