União Europeia pode dar sinal verde a planos para combater crise energética
Na semana que vem, líderes da União Europeia devem autorizar medidas de emergência por parte dos estados membros para aliviar o impacto da crise de energia sem precedentes sobre empresas e consumidores mais vulneráveis.
Os chefes de governo planejam recomendar que países da UE e a Comissão Europeia “façam o melhor uso” de um conjunto de ferramentas publicado na quarta-feira para fornecer alívio de curto prazo para famílias e empresas, segundo minuta da declaração vista pela Bloomberg News.
A crise de energia levou líderes a convocarem uma cúpula da UE de 21 a 22 de outubro, depois que os preços do gás e da energia atingiram níveis recordes em meio à escassez de oferta.
Os líderes também devem pedir aos ministros e à Comissão que considerem medidas de médio e longo prazo “para mitigar flutuações excessivas dos preços”, aumentar a resiliência energética da UE e garantir uma transição bem-sucedida para uma economia verde, segundo o comunicado, que foi incluído na agenda de representantes dos estados membros para discussão na sexta-feira e ainda pode ser alterado antes de ser adotado pelos chefes de governo.
A União Europeia tem uma margem de manobra limitada para implementar um plano conjunto com o objetivo de amenizar o impacto da crise, pois governos nacionais tendem a adotar suas próprias respostas de emergência.
Alguns países pediram ao executivo da UE que propusesse novas medidas, algo difícil devido às diferentes fontes de energia e aos interesses estratégicos dos estados membros.
O Banco Europeu de Investimento será incentivado a “olhar para a margem de manobra de seu capital para acelerar o investimento na transição verde”, segundo a minuta.
A caixa de ferramentas apresentada pela Comissão no início da semana incluía medidas como cortes de impostos e subsídios estatais para empresas.