União Europeia pede que AstraZeneca publique contrato de vacina vendo piora na crise de suprimento
A União Europeia está pedindo à AstraZeneca que publique o contrato que assinou com o bloco para o suprimento de vacinas contra Covid-19, disse uma autoridade da UE nesta quarta-feira, uma escalada de uma crise a respeito dos atrasos nas remessas.
A empresa desistiu de uma reunião com a UE agendada para esta quarta-feira, acrescentou a autoridade.
Em uma entrevista concedida a jornais na terça-feira, o presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que o contrato com a UE se baseou em uma cláusula de melhor esforço e não comprometeu a farmacêutica com um cronograma específico de entregas.
A distribuição de vacinas no bloco está sendo lenta, quando comparada à de países de outras regiões, especialmente o ex-membro Reino Unido, e assolada por problemas – as interrupções das cadeias de suprimento não sendo os menores deles.
A entrevista de Soriot veio após o anúncio da empresa sobre uma redução de suprimentos para a UE no primeiro trimestre que, na semana passada, uma autoridade da UE disse à Reuters equivaler a uma redução de 60%, ou 31 milhões de doses, causada por problemas de produção em uma fábrica da Bélgica.
O contrato do bloco com a AstraZeneca é um acordo de compra antecipada para o suprimento de ao menos 300 milhões de doses, contanto que a vacina seja aprovada por ser segura e eficiente.
Ainda nesta quarta-feira, o funcionário da UE disse que detalhes relevados por Soriot a respeito da capacidade produtiva e da cláusula de melhor esforço são confidenciais.