União Europeia e Reino Unido chegam a consenso sobre Brexit ordenado
A União Europeia e o Reino Unido fecharam acordo prévio para realização do novo Brexit após negociações intensas durante os últimos dias, de acordo com a reportagem do The Wall Street Journal.
O maior ponto de conflito entre as partes foi parcialmente solucionado, com o compromisso de que não haverá fronteira física entre as Irlandas.
Os 27 líderes da União Europeia se reunirão para delinear acordo em Bruxelas nesta quinta-feira (17) e depois a prévia terá que ser aprovada no Parlamento do Reino Unido.
Comprometimento
O premiê Boris Johnson comemorou a vitória no Twitter, ao ressaltar o “grande acordo para o Brexit”.
Em linha, o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker observou que a prévia do acordo é um “testamento ao comprometimento para encontrar soluções”.
Libra e mercados reagem bem
A libra esterlina opera com valorização de 0,48% frente ao dólar diante da possível resolução do Brexit no prazo estipulado. As autoridades haviam acertado previamente fechamento do acordo até dia 31 de outubro.
A divisa chegou a atingir a maior alta frente ao dólar em mais de três décadas.
Assim como a libra, o euro opera com valorização de 0,45% diante da moeda norte-americana, tendo atingido máxima de dois meses na sessão.
Em linha, os mercados na Europa também reagem bem à possível resolução do acordo. O índice FTSE 100 opera com valorização de 0,64%. Já o DAX apresenta alta de 0,54%.
Por sua vez, o Euro Stoxx 50 – com as 50 maiores empresas da Zona do Euro – mostra avanço de 0,33% nesta quinta-feira (17).
Dependência do parlamento
Para Paul Donovan, economista-chefe do UBS Global Wealth Management, o acordo entre a UE e o Reino Unido é “bom devido ao histórico de que quase sempre a resolução de questões são concretizadas no último minuto”.
Por outro lado, a despeito do otimismo, Donovan alerta que “a chance do final do processo de divórcio tedioso e interminável agora depende da vontade de membros do parlamento inglês que representam partes da Irlanda do Norte”.
“Não é razoável para pedir a um economista prever as ações de dez pessoas”, completou o UBS, em referência ao comportamento dos parlamentares no fechamento do acordo.