Uma tese de investimento institucional: por que o bitcoin?
Estes são alguns destaques do relatório da Messari sobre “O terceiro halving do Bitcoin: uma tese de investimento”, elaborado em parceria com a Bitstamp.
Por que o bitcoin?
A degradação monetária direcionada por bancos centrais irá impulsionar a demanda institucional para a reserva de ativos de valor, como ouro e prata. Mas por que o bitcoin? O que o torna diferente de outras reservas monetárias de valor politicamente neutras ou escassas?
A resposta está na soberania, no impulsionamento e na vantagem do bitcoin.
Soberania
“Reis e rainhas costumavam ser soberanos, então os Estados-nação se tornaram soberanos e, agora, pela primeira vez, uma simples plataforma computadorizada tem a aspiração de se tornar soberana. Isso é bem revolucionário” — Wences Casares.
Bitcoin é a primeira plataforma computadorizada com a soberania de um Estado-nação. É o único ativo monetário do mundo com escassez absoluta.
Essa escassez é garantida por um enorme ecossistema global de participantes independentes e diversos que operam o protocolo Bitcoin. Embora haja muitos “clones” que prometem fornecimento limitado, bitcoin é o único que o faz com credibilidade.
Ninguém pode evitar o uso do blockchain Bitcoin para armazenamento e transferência de valor. Em épocas de crescente tensão geopolítica, isso é muito importante e não vale para moedas nacionais armazenadas em bancos, que podem e foram historicamente restritas e/ou desapropriadas.
Diferente de metais monetários, o bitcoin pode ser enviado para o outro lado do mundo em algumas horas e armazenado com segurança com apenas uma frase de recuperação (“seed phrase”). Isso pode ser feito em pequenas ou grandes quantias, sendo uma grande atualização em relação aos metais.
Bitcoin é a primeira reserva de valor digital e politicamente neutra que o mundo já viu e sua chegada não poderia ser mais bem cronometrada.
Impulsionamento secular
O dinheiro está se tornando completamente digital.
A DCEP (algo como “moeda digital/pagamento eletrônico”) da China começou a ser testada este ano e, apesar dos impeditivos regulatórios, a Libra do Facebook está avançando com tudo.
Quando esses produtos forem lançados, darão exposição a tecnologias relacionadas a criptoativos para bilhões de pessoas.
Esses projetos farão com que as pessoas se sintam confortáveis em usar carteiras de criptoativos e resultarão em muitas “on-ramps” (plataformas em que moedas fiduciárias são convertidas em cripto) para criptomoedas descentralizadas como o bitcoin.
Combine isso com uma geração mais jovem que está mais aberta a criptoativos e você tem a receita para a adesão em massa.
Vantagem
Embora as condições macroeconômicas criam um resultado positivo para metais preciosos, investidores serão atraídos para o bitcoin porque existem mais vantagens. Bitcoin não é uma empresa. É dinheiro. Dinheiro é avaliado em trilhões, e não bilhões.
O valor total do ouro, que possui uso industrial limitado, é avaliado em mais de US$ 10 trilhões.
O valor total de todas as fiduciárias do mundo equivale a quase US$ 20 trilhões. Acrescente o valor total do fornecimento global de dinheiro (demanda por depósitos e contas-corrente) e esse número chega em US$ 40 trilhões.
Investidores serão atraídos pelo Bitcoin porque existem poucas oportunidades com tanta vantagem assimétrica. Para atingir apenas a atual capitalização de mercado do ouro, o bitcoin teria que aumentar 63x de seus níveis atuais.
A verdade é que ninguém sabe o que vem pela frente para o bitcoin.
Dito isso, seus fortes aspectos fundamentais, sua resiliência em relação à incerteza econômica e crescente importância no clima macroeconômico atual merece atenção de todos os investidores.
O que farão daqui em diante é uma incógnita.
Confira o relatório completo: “O terceiro halving do Bitcoin: uma tese de investimento”.