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“Uma ou duas doses de cerveja fazem até bem”: Veja o que diz especialista sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho

02 maio 2022, 16:30 - atualizado em 02 maio 2022, 16:30
Especialista fala sobre a relação entre vida pessoal e profissional e como buscar o equilíbrio entre os dois; happy hour pode ajudar (Imagem: Kelsey Chance/Unsplash)

O que você faria para encontrar o equilíbrio entre a sua vida pessoal e o trabalho? Como a qualidade de vida e a saúde mental estão presentes no ambiente de corporativo? A neurociência tenta trazer respostas para essas perguntas que  parecem simples à primeira vista.

A busca por uma vida com maior qualidade no campo profissional pode parecer utópica para alguns. A série da Apple TV+, “Ruptura”, traz uma visão um tanto distópica sobre isso.

A narrativa segue Mark Scout (Adam Scott), líder de uma equipe de funcionários de um escritório cujas memórias entre suas vidas pessoais e profissionais foram cirurgicamente separadas.

Este experimento de “equilíbrio entre vida e trabalho” é questionado quando Mark se vê no centro de um mistério desafiador que o forçará a confrontar a verdadeira natureza do seu emprego e da sua própria vida.

“Ruptura” é protagonizada por Adam Scott, que atua com a vencedora do Oscar Patricia Arquette, o vencedor do Emmy John Turturro, Britt Lower, Zach Cherry, Dichen Lachman, Jen Tullock, Tramell Tillman, Michael Chernus e o vencedor do Oscar Christopher Walken.

Essa divisão entre vida pessoal e profissional envolve sentimentos que vão além da área de recursos humanos. E a série da Apple TV+ questiona isso.

“A emoção é importante para até nos avisar o que é errado”, afirma o psicólogo, neuropsicólogo e consultor de recursos humanos com passagem por empresas como Coca-Cola e Santader, Fábio Alves Carvalho.

Estresse, trabalho e burnout

Carvalho, que também é docente no Mackenzie na pós-graduação em Neurociência e Psicologia Aplicada, conta que “o estresse sempre vai estar presente na nossa vida”, podendo ser positivo ou negativo.

Sendo o positivo o que te move. Assim, o estresse é uma questão fisiológico que visa o equilíbrio, é uma resposta para alguma coisa do ambiente, explica.

Porém, há uma ressalva, esclarece psicólogo.

“Um ambiente constante de estresse gera desarranjos, como aconteceu na pandemia da Covid-19 que ajudou a acumular situações estressantes em momentos contínuos aliados a uma redução drástica do convívio social”, diz. 

Pensando em estresse e mundo do trabalho é difícil não lembrar da Síndrome de Burnout.

“Fenômeno que a própria psicologia e a psiquiatria vêm diagnosticando com maior frequência, mas não foi tanto quanto na pandemia”, diz o especialista. Às vezes não é possível acabar com o estresse”, afirma.

O ambiente pressupõe um certo estresse e as empresas estão trazendo abordagens para que o próprio individuo saiba lidar melhor com isso, aponta Carvalho.

Uma alternativa para os funcionários, pontua ele, é desenvolver “maior maturidade, maior resistência a frustração, passar por mais aprendizados para lidar com as falhas”. “A gente precisa passar por alguns aprendizados da vida”, acrescenta.

Redesenhar como lidamos com o mundo e as empresas como lidam com os indivíduos

Cabe as empresas, identifica o especialista, reduz o estresse prejudicial ao indivíduo, aprendendo a lidar melhor com ele. 

Ao selecionar alguém para um cargo de liderança, por exemplo, é necessário que a companhia esteja atenta para algumas competências desse líder como “preparação para lidar com pessoa, porque se ele não souber para a equipe”, afirma.

Para os profissionais, é importante buscar a maturação profissional, para lidar com a ansiedade, aplicando, entre outras coisas, o lifelong learning, visando alcançar um estágio mais maduro profissionalmente, criando uma reserva cognitiva, ou seja, uma vida cognitiva ativa.Quando você se coloca no mundo, você trabalha seu cérebro”, exemplifica.

Encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, tendo como objetivo a qualidade de vida e a saúde mental é uma jornada. Uma boa alimentação, estimulação cognitiva e atividade física constante podem te ajudar nesse processo, aconselha o psicólogo.

Atividades como a do happy hour, por exemplo, é uma ótima ideia, afirma o especialista, porque envolve o suporte e apoio social que é muito importante.

“Uma ou duas doses de cerveja fazem até bem, mas tudo é uma questão de dosagem”, continua.

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