“Uma ou duas doses de cerveja fazem até bem”: Veja o que diz especialista sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho
O que você faria para encontrar o equilíbrio entre a sua vida pessoal e o trabalho? Como a qualidade de vida e a saúde mental estão presentes no ambiente de corporativo? A neurociência tenta trazer respostas para essas perguntas que parecem simples à primeira vista.
A busca por uma vida com maior qualidade no campo profissional pode parecer utópica para alguns. A série da Apple TV+, “Ruptura”, traz uma visão um tanto distópica sobre isso.
A narrativa segue Mark Scout (Adam Scott), líder de uma equipe de funcionários de um escritório cujas memórias entre suas vidas pessoais e profissionais foram cirurgicamente separadas.
Este experimento de “equilíbrio entre vida e trabalho” é questionado quando Mark se vê no centro de um mistério desafiador que o forçará a confrontar a verdadeira natureza do seu emprego e da sua própria vida.
“Ruptura” é protagonizada por Adam Scott, que atua com a vencedora do Oscar Patricia Arquette, o vencedor do Emmy John Turturro, Britt Lower, Zach Cherry, Dichen Lachman, Jen Tullock, Tramell Tillman, Michael Chernus e o vencedor do Oscar Christopher Walken.
Essa divisão entre vida pessoal e profissional envolve sentimentos que vão além da área de recursos humanos. E a série da Apple TV+ questiona isso.
“A emoção é importante para até nos avisar o que é errado”, afirma o psicólogo, neuropsicólogo e consultor de recursos humanos com passagem por empresas como Coca-Cola e Santader, Fábio Alves Carvalho.
Estresse, trabalho e burnout
Carvalho, que também é docente no Mackenzie na pós-graduação em Neurociência e Psicologia Aplicada, conta que “o estresse sempre vai estar presente na nossa vida”, podendo ser positivo ou negativo.
Sendo o positivo o que te move. Assim, o estresse é uma questão fisiológico que visa o equilíbrio, é uma resposta para alguma coisa do ambiente, explica.
Porém, há uma ressalva, esclarece psicólogo.
“Um ambiente constante de estresse gera desarranjos, como aconteceu na pandemia da Covid-19 que ajudou a acumular situações estressantes em momentos contínuos aliados a uma redução drástica do convívio social”, diz.
Pensando em estresse e mundo do trabalho é difícil não lembrar da Síndrome de Burnout.
“Fenômeno que a própria psicologia e a psiquiatria vêm diagnosticando com maior frequência, mas não foi tanto quanto na pandemia”, diz o especialista. “Às vezes não é possível acabar com o estresse”, afirma.
O ambiente pressupõe um certo estresse e as empresas estão trazendo abordagens para que o próprio individuo saiba lidar melhor com isso, aponta Carvalho.
Uma alternativa para os funcionários, pontua ele, é desenvolver “maior maturidade, maior resistência a frustração, passar por mais aprendizados para lidar com as falhas”. “A gente precisa passar por alguns aprendizados da vida”, acrescenta.
Redesenhar como lidamos com o mundo e as empresas como lidam com os indivíduos
Cabe as empresas, identifica o especialista, reduz o estresse prejudicial ao indivíduo, aprendendo a lidar melhor com ele.
Ao selecionar alguém para um cargo de liderança, por exemplo, é necessário que a companhia esteja atenta para algumas competências desse líder como “preparação para lidar com pessoa, porque se ele não souber para a equipe”, afirma.
Para os profissionais, é importante buscar a maturação profissional, para lidar com a ansiedade, aplicando, entre outras coisas, o lifelong learning, visando alcançar um estágio mais maduro profissionalmente, criando uma reserva cognitiva, ou seja, uma vida cognitiva ativa. “Quando você se coloca no mundo, você trabalha seu cérebro”, exemplifica.
Encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, tendo como objetivo a qualidade de vida e a saúde mental é uma jornada. Uma boa alimentação, estimulação cognitiva e atividade física constante podem te ajudar nesse processo, aconselha o psicólogo.
Atividades como a do happy hour, por exemplo, é uma ótima ideia, afirma o especialista, porque envolve o suporte e apoio social que é muito importante.
“Uma ou duas doses de cerveja fazem até bem, mas tudo é uma questão de dosagem”, continua.
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