Uma nova empresa entrou no radar da Suzano (SUZB3), diz agência

As ações da Suzano, porém, não reagem ao rumor e operam em queda com a desvalorização do dólar ante o real (Foto: Divulgação)

A Suzano (SUZB3) está avaliando a aquisição da empresa norte-americana Clearwater Papel. 

Segundo informações da Bloomberg, a fabricante de papel e celulose está trabalhando junto com um assessor financeiro para chegar a um acordo — que ainda não foi finalizado. 

A aquisição deve ampliar a presença da Suzano no mercado norte-americano de embalagens para consumo e “food service” — segmento em que a bandeira da empresa brasileira foi cravada neste ano com a compra de duas fábricas da Pactiv Evergreen, sendo uma no Arkansas e outra na Carolina do Norte

O negócio também não deve ter impacto relevante no balanço da Suzano. A aquisição poderia ser financiada pela geração de caixa da companhia, no mesmo modelo das compras das fábricas da Pactiv, de acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico. 

Hoje, a Clearwater Paper vale US$ 409 milhões na Bolsa de Nova York (Nyse). A empresa reportou US$ 1,7 bilhão em vendas líquidas entre janeiro e setembro deste ano, uma alta de 10% na comparação com o mesmo período de 2023. 

O rumor acontece cerca de uma semana após o Investidor Day, uma reunião anual que reúne agentes do mercado e investidores. Na ocasião, a companhia informou que não tinha nenhum M&A (fusão e aquisições) no radar. 

Nesta sexta-feira (20), as ações da Suzano operam em queda, pressionadas pela desvalorização do dólar. SUZB3 caiu 1,78%, a R$ 59,62. Acompanhe o Tempo Real. 

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O que dizem os analistas?

Na avaliação da Ativa Investimentos, a possível aquisição é “marginalmente negativa”.

“No atual cenário de juros, aquisições e fusões (M&A) geralmente não produzem o retorno implícito nas próprias ações da companhia”, diz o relatório.

A corretora também afirma que, pelo tamanho da Clearwater Paper, o negócio é “transformacional”.

Nas contas da Ativa, a aquisição da empresa norte-americana elevaria o endividamento da Suzano de 3,2x da dívida líquida/Ebitda para 3,3x. 

*Com informações de Bloomberg e Valor Econômico