Uma nova chance para a bolsa? O esperado rali de fim de ano do Ibovespa, entrevista com CEO da Allos e outras notícias que mexem com o seu bolso hoje

Todos os anos, lá pelo fim de setembro, junto com a chegada da primavera, começa a falação sobre o tal rali de fim de ano da bolsa.

É rali de fim de ano pra cá, rali de fim de ano pra lá, quando começa, até quanto vai — e quase sempre ele se confirma.

Levantamento da Empiricus mostra que esse movimento específico ocorreu em dois de cada três anos entre 1999 e 2022.

Mas a primavera chegou, o último trimestre de 2023 começou, outubro já está quase no fim e cadê o tal rali de fim de ano? Será que este vai ser aquele de cada três anos em que não há rali?

Afinal, a acentuada alta dos juros nos Estados Unidos vem prejudicando o desempenho dos ativos de risco ao redor do mundo — e, em especial, em mercados emergentes como o brasileiro.

Para o colunista Matheus Spiess, porém, nem tudo está perdido. Há quem acredite que uma janela possa estar prestes a se abrir. É o que ele explica na coluna desta terça-feira.

Por hoje, uma discreta melhora em Wall Street e a estabilização dos preços do petróleo nos mercados internacionais tiram um pouco do peso sobre o Ibovespa.

Na véspera, o principal índice de ações da B3 sucumbiu ao tombo da Petrobras. As ações da empresa tombaram 6% ontem.

Ruídos de interferência política, a queda acentuada do petróleo lá fora e alguma realização de lucros apenas alguns dias depois de a Petrobras ter batido seu novo recorde de valor de mercado levaram a uma desvalorização de R$ 30 bilhões em apenas um dia.

Enquanto isso, Brasília volta a ser destaque com a provável votação, pela Câmara, do projeto de lei por meio do qual o governo pretende taxar os fundos exclusivos e offshore.

Para ficar por dentro de como tudo isso mexe com seus investimentos, acompanhe a cobertura de mercados do Seu Dinheiro.

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O que você precisa saber hoje

SD ENTREVISTA
CEO da Allos conta por que a maior administradora brasileira de shoppings decidiu “encolher” após negócio bilionário; ALSO3 dá adeus à bolsa hoje. Apenas neste mês, a companhia se desfez de participações em quatro shoppings e vai embolsar um total de R$ 742 milhões.

MERCADO DE CAPITAIS
Os IPOs vão voltar? O que o Brasil precisa para atingir R$ 100 bilhões em ofertas de ações na B3. Executivos do Bank of America, Bradesco Asset, Goldman Sachs e do Santander Brasil revelaram as perspectivas para o cenário financeiro do Brasil no próximo ano; confira.

NÃO PASSOU
Redução de capital da GetNinjas (NINJ3) é barrada por acionistas, em mais uma vitória da Reag na disputa contra o fundador da companhia. O equivalente a 53,5% do capital da GetNinjas votou contra a redução de capital, que era defendida pelo fundador e CEO Eduardo L’Hottelier.

CONSOLIDAÇÃO
Em busca do ‘El Dorado’ do petróleo: o que levou a Chevron a pagar US$ 53 bilhões por concorrente. Compra da Hess pela petroleira é a segunda grande aquisição anunciada em poucos dias no setor de óleo e gás.

DESTAQUES DA BOLSA
Vai viajar? Setor de turismo sobe em bloco na bolsa, com CVC (CVCB3) em alta de 12%; veja quais ações mais sobem. A fraqueza do dólar e a descompressão dos juros futuros, somados à fraqueza do preço do petróleo, ajudam os papéis desse segmento.

FIM DO OTIMISMO?
Dividendos da Petrobras (PETR4) ameaçados? Por que uma proposta de mudança no estatuto faz as ações da estatal caírem quase 6% hoje na B3. O conselho da Petrobras propôs a criação de uma reserva de remuneração do capital e quer indicar executivos que já ocuparam cargos públicos.

DESTAQUES DA BOLSA
Ações da Méliuz (CASH3) saltam 10% após BC aprovar venda do Bankly; negócio renderá R$ 210 milhões que podem virar dividendos. O Banco Central aprovou a mudança de controle do Bankly, que foi vendido pela companhia para o Banco Votorantim neste ano.

SEGURA O MERVAL
Bolsa da Argentina cai mais de 11%, dólar dispara e renova máximas históricas após Massa e Milei confirmarem segundo turno. No mesmo horário, a bolsa brasileira caía 0,13%, aos 113.060 pontos, com o dólar também em queda de 0,46%, cotado a R$ 5,00.

ALÔ, PRESIDENTE?
Ao pé do ouvido: o que Lula e Putin conversaram por telefone — e não foi só sobre Israel e o Hamas. Segundo o Planalto, o líder russo “lamentou que após tantas décadas não tenha sido encontrada solução para a criação do Estado Palestino”, mas eles falaram de outro assunto caro para Putin.

Uma boa terça-feira para você!