Uma farmácia e uma operadora de planos de saúde para surfar no bom momento vivido pelo setor
O setor de saúde deve continuar apresentando bons números em 2021, afirma a Ágora Investimentos em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (9).
Segundo a corretora, ainda que o mês de dezembro possa ter alguma surpresa negativa, como, por exemplo, a aceleração de casos da Covid-19, “2021 será uma continuação do cenário positivo atual para o setor que vimos nos últimos meses, especialmente no que diz respeito a uma vacina contra a Covid-19”.
De acordo com os analistas Fred Mendes e José Cataldo, os dados de beneficiários da ANS de outubro confirmam essa tendência: houve um aumento de 146 mil vidas, com expansão de 146 mil em comparação com o mês anterior, além da demanda crescente por laboratórios, com mais imagens de exames, que ainda estão em processo de normalização.
No caso das farmácias, a dupla afirma que as vendas digitais devem aumentar a receita por loja a níveis “nunca antes vistos” para as redes bem posicionadas nos canais digitais, como Panvel e Raia Drogasil (RADL3).
“Vemos os movimentos recentes como positivos para o setor como um todo, com a rentabilidade retornando a níveis pré-coronavírus para a maioria das empresas em nossa cobertura”, pontuam.
Porém, a corretora reafirma a preferência pela Qualicorp (QUAL3), “que caminha para implantar uma nova estrutura de crescimento com aquisições locais e investimentos em equipe de corretores”.
A recomendação da empresa é de compra, com preço-alvo de R$ 39, o que implica potencial de valorização de 12%.
Já entre as farmácias, a aposta é na Panvel (PNVL3; PNVL4), que segundo os analistas, deve apresentar resultados muito fortes para o quarto trimestre de 2020 com base nas vendas online da “Black Friday” e também resultados sólidos em 2021, acompanhando esse crescimento das vendas digitais.
A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 36, potencial de valorização de 62%.
É bom ficar de olho
Os analistas do Banco Safra, Ricardo Boiati e Rafael Une, também afirmam que, no geral, o setor continua positivo, mas há alguns entraves no radar. A telemedicina, por exemplo, corre um risco regulatório, já que o decreto que a autorizou expira em 31 de dezembro.