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Uma construtora se deu (muito) bem na Bolsa nos primeiros 100 dias do ano; veja qual

10 abr 2023, 21:26 - atualizado em 10 abr 2023, 21:26
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Minha Casa, Minha Vida foi um dos destaques com a volta do governo Lula; ações de construtoras sobem (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

O retorno do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (Casa Verde e Amarela até o fim de 2022) com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deixou algumas construtoras animadas.

Com o foco do governo federal em destinar mais subsídios às faixas que atendem famílias de baixa renda, as empresas de construção civil do segmento viram suas ações dispararem na Bolsa brasileira desde o anúncio, em meados de fevereiro.

Entretanto, considerando o acumulado do ano, nos 100 primeiros dias do governo Lula, apenas uma ação comemora.

Construtora ri à toa nos 100 primeiros dias com medida de Lula

De janeiro até o fechamento desta segunda-feira (10), só a Plano&Plano (PLPL3) ri à toa, já que suas ações disparam 45,7%. É a construtora de baixa renda que mais se valoriza em 2023.

Além de ser diretamente beneficiada pelo Minha Casa, Minha Vida, a construtora foi a grande vencedora do leilão do Pode Entrar, novo programa habitacional da prefeitura de São Paulo, no mês passado. A empresa venceu a licitação de 7 mil unidades, que somam um valor geral de venda de R$ 1,3 bilhão.

Quem também vem se beneficiando com o programa do governo federal é a Tenda (TEND3). Com os resultados financeiros um pouco sensíveis em meio a sucessivos prejuízos e alto endividamento, analistas veem o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) como um fio de esperança para a construtora mineira.

No ano, a Tenda acumula alta de 7,3% até hoje, enquanto avança mais de 13% desde que o programa habitacional foi relançado por Lula, em 14 de fevereiro.

Construtora não quer aderir às medidas de Lula e recua

Por outro lado, a MRV (MRVE3), que não pretende atuar na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, recua 14,3% desde o primeiro pregão de 2023. Contudo, tem alta de quase 6% desde a volta do programa de habitação.

Lula anunciou algumas mudanças no MCMV e propôs destinar 50% das unidades financiadas ou subsidiadas para a faixa 1, que atende famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Antes, essa faixa atendia grupos com renda de R$ 1.800. Os subsídios nessa faixa variam entre 85% e 95%.

No entanto, a meta do governo Lula, até o fim do mandato em 2026, é contratar 2 milhões de moradias. A previsão é de que o teto atual do valor do imóvel na faixa 1, de R$ 96 mil, seja ampliado.
Em contrapartida, as ações da Direcional (DIRR3), queridinha dos analistas que cobrem construtoras e com atuação no segmento de baixa renda, têm ganhos de mais de 6% no ano, ajudadas também pelo retorno do Minha Casa, Minha Vida.

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