Internacional

Um país à espera dos resultados: EUA contam votos das eleições para Congresso

11 nov 2022, 19:45 - atualizado em 11 nov 2022, 19:45
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Analistas políticos estão antecipando uma corrida por recursos de campanha para a Geórgia, conforme republicanos e democratas (Imagem: REUTERS/Hannah Beier)

Autoridades eleitorais do Arizona e de Nevada estavam trabalhando nesta sexta-feira para contabilizar centenas de milhares de cédulas que podem determinar o controle do Senado dos Estados Unidos e o formato dos próximos dois anos do presidente Joe Biden no cargo, um processo que autoridades dos dois estados alertam que pode se arrastar por dias.

Vitórias nas duas disputas dariam maioria a democratas ou republicanos, enquanto que uma divisão transformaria o segundo turno da eleição do Senado em 6 de dezembro na Geórgia em uma batalha pela Casa.

Analistas políticos estão antecipando uma corrida por recursos de campanha para a Geórgia, conforme republicanos e democratas se preparam para a batalha final das eleições de meio de mandato de 2022.

No Arizona, autoridades policiais permaneceram em alerta máximo para possíveis protestos, com barricadas e cercas de segurança erguidas ao redor do departamento eleitoral do condado de Maricopa, onde dezenas de autoridades trabalham 18 horas por dia para verificar as cédulas pendentes e tabular os votos.

Kari Lake, a candidata republicana ao governo do Arizona, criticou as autoridades eleitorais do condado de Maricopa, o mais populoso do estado, como “incompetentes” e “desprezíveis”, acusando-as de atrasar deliberadamente a contagem dos votos.

Bill Gates, presidente do Conselho de Supervisores do Condado de Maricopa e republicano, se irritou com os comentários de Lake. “Todo mundo precisa se acalmar um pouco e amenizar a retórica. Esse é o problema que está acontecendo com nosso país agora”, disse ele a repórteres.

Na luta pela Câmara dos Deputados, os republicanos estavam cada vez mais perto de tirar o controle das mãos dos democratas de Biden.

O controle da Câmara daria aos republicanos poder de veto sobre a agenda legislativa de Biden e permitiria que eles iniciassem investigações potencialmente prejudiciais contra seu governo.

Os republicanos garantiram pelo menos 211 dos 218 assentos na Câmara de que precisam para obter a maioria, projetou a Edison Research na noite de quinta-feira, enquanto os democratas venceram 199.

O líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy, já anunciou sua intenção de concorrer a presidente se os republicanos assumirem o controle, um resultado que ele descreveu como inevitável.

Apesar da possibilidade real de perder a Câmara, os democratas ainda comemoram seu sucesso em conter derrotas depois de galvanizar eleitores irritados com a decisão da Suprema Corte em junho de derrubar o direito constitucional ao aborto.

Os democratas evitaram uma “onda vermelha” de ganhos por parte dos republicanos, que criticam Biden por causa do aumento da inflação e das taxas de criminalidade.

O mandato de Biden desde que assumiu o cargo em 2021 foi marcado pelas cicatrizes econômicas da pandemia de Covid-19 após quatro anos tumultuados sob o ex-presidente Donald Trump.

Biden retratou a votação como uma luta para salvar a democracia depois que os indicados republicanos promoveram a falsa alegação de Trump de que a eleição de 2020, que Biden venceu, foi fraudulenta. Os democratas rotularam os republicanos como extremistas, apontando para a decisão da Suprema Corte de eliminar o direito nacional ao aborto.

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