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Um mundo de oportunidades para investimentos

12 out 2022, 19:00 - atualizado em 13 out 2022, 15:16
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“Afinal de contas, por que limitar o seu escopo de atuação para apenas 2% do PIB mundial?”, questiona Enzo Pacheco, sobre o peso do Brasil na economia global (REUTERS/ Paulo Whitaker)

Prezado(a) investidor(a),

É com muito prazer que inicio a minha jornada como colunista do Money Times.

Para quem não me conhece (provavelmente a grande maioria dos leitores do site), gostaria de me apresentar.

Meu nome é Enzo Pacheco e há cinco anos faço parte do time de Análise da Empiricus. Desde 2017 trabalho junto com o João Piccioni buscando as melhores alternativas de investimento nos mercados internacionais para o investidor pessoa física.

Hoje temos duas séries com esse propósito na casa: o Investidor Internacional, que oferece uma carteira diversificada para quem quer investir lá fora; e o MoneyBets, composta de carteiras de temas totalmente distintos, com alto potencial de valorização.

Confesso que nas minhas conversas iniciais com o João para poder entrar na Empiricus, sentia um pouco de receio a respeito do tema: como eu, apenas um rapaz latino-americano, iria me atrever a falar de investimentos além-mar?!

Mas aos poucos fui percebendo que não se trata de um bicho de sete cabeças. Olhe ao seu redor: quantas marcas globais fazem parte do seu dia a dia?

Obviamente, algumas questões técnicas podem tornar a análise um pouco mais trabalhosa para o investidor. Problemas com o idioma, menos acesso a companhia, particularidades tributárias…

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Por que investir só no Brasil?

Só que nada disso deve ser desculpa para você, investidor(a).

Contudo, sinto nas interações com nossos assinantes que o viés doméstico (o tão discutido ’home bias’) ainda é muito vivo na mentalidade do brasileiro.

Afinal de contas, para que buscar sarna para se coçar se o CDI está pagando quase 14% ao ano? Se é possível encontrar, hoje, oportunidades em ações que pagam dividendos anuais na casa dos 7% a 8%?

Não estou falando que você não deve aproveitar essas chances de ouro, muito pelo contrário — um portfólio diversificado deve ter espaço para diversos tipos de ativos.

Mas além de diversificar as classes de ativo, também se faz necessário diversificar geograficamente a sua carteira. Afinal de contas, por que limitar o seu escopo de atuação para apenas 2% do PIB mundial?

Gráfico 1. Participação no PIB Mundial | Fonte: Banco Mundial

(Imagem: Elaboração/ Empiricus)

Sem falar que, infelizmente, a nossa moeda ainda é vista como “exótica” para grande parcela da riqueza mundial. Afinal de contas, o Brasil ainda é um país emergente, com muitos problemas a sanar.

Como podemos analisar o histórico da moeda tupiniquim frente ao dólar, momentos de forte valorização do real acontecem em períodos de bonança econômica (como o boom das commodities no início dos anos 2000) ou momentos em que o país enfrentou problemas com reformas de longo prazo (como na época pós-impeachment da presidente Dilma).

Gráfico 2. Cotação do dólar desde 2000 | Fonte: Bloomberg

(Imagem: Elaboração/ Empiricus)

Só que, no passado recente, a cada nova rodada de desvalorização da moeda brasileira, o dólar dificilmente voltou aos patamares anteriores, mostrando um certo ceticismo do mercado com as perspectivas do país.

Por que atrelar seu patrimônio apenas a reais?

Dessa maneira, aqueles que possuem seu patrimônio somente em reais (infelizmente grande parte da população) infelizmente ficou mais pobre nos últimos anos.

Ainda que a pandemia da Covid-19 tenha causado um choque extremo, que paralisou não somente o Brasil como o mundo inteiro, estamos vendo que as medidas adotadas pelos governos nesse episódio vêm cobrando seu preço, com forte aumento na inflação dos países desenvolvidos e estrangulamento das finanças públicas em países em desenvolvimento.

Tanto que, recentemente, diversos órgãos internacionais como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, entre outros, revisaram as suas perspectivas de crescimento para a economia global nos próximos anos, reforçando que o momento enfrentado é um dos mais complexos das últimas décadas.

Com um futuro incerto pela frente, difícil entender como alguém ainda tem a sua riqueza somente em reais. Caso seja este o seu caso, sugiro que revise essa sua posição imediatamente — uma pequena parcela (5% a 10% da carteira) em um fundo cambial já pode ser um começo.

Um abraço,
Enzo Pacheco

Enzo Pacheco é formado em Administração pela Universidade Federal do Espírito Santo e pós-graduado em Operador de Mercado Financeiro pela FIA. Um entusiasta do assunto “investimentos” — tendo se interessado desde os tempos de universitário —, desde 2017 foca exclusivamente na análise dos mercados internacionais nas séries da Empiricus voltadas a esse propósito (Investidor Internacional e MoneyBets).

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Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.