Um balão de oxigênio para encarar a bolsa: agenda de balanços, indicadores e eventos nos EUA colocam juros norte-americanos de volta no radar; veja o que mexe com o mercado hoje
O investidor vai precisar de fôlego para encarar os mercados financeiros nesta terça-feira.
Uma movimentada agenda de balanços, indicadores e eventos nos Estados Unidos na manhã de hoje deve dar o tom dos negócios para o restante do dia.
Os resultados trimestrais do Bank of America e do Goldman Sachs ajudarão a esclarecer o impacto dos juros altos nos EUA sobre o setor financeiro.
Enquanto isso, os dados de vendas no varejo e produção industrial em setembro nos Estados Unidos dirão se os investidores estavam certos ou errados quando voltaram a apostar que o Fed vai parar de subir os juros por lá.
E por falar em Fed, três dirigentes do banco central norte-americano devem dar continuidade ao jogral de que a pausa nos juros é mais provável do que uma nova alta. Mas é melhor ficar de olho neles.
Por aqui, os investidores devem repercutir os recordes de produção de óleo e gás da Petrobras, bem como a revisão do guidance da empresa. Depois do fechamento, será a vez da Vale divulgar seu relatório de produção.
Enquanto isso, os esforços diplomáticos a fim de conter o acirramento da guerra entre Israel e o Hamas atenuam momentaneamente os potenciais impactos do conflito sobre os mercados financeiros, mas a situação segue tensa no Oriente Médio.
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O que você precisa saber hoje
GUIDANCE EM REVISÃO
Petrobras (PETR4) bate recordes mensal e trimestral de produção de petróleo e gás e deve alterar a meta do ano; saiba mais. Após registrar crescimento da produção tanto no terceiro trimestre quanto em setembro, a petroleira deve divulgar nova meta junto com o balanço, em novembro.
A VACA E O FRANGO
Marfrig (MRFG3) compra mais ações e chega a 45% do capital da BRF (BRFS3), mas o apetite pode ter chegado ao fim. Na atual situação, uma fusão entre as duas empresas pode não fazer mais sentido, já que a situação da Marfrig atualmente parece ser bem cômoda.
PRÉVIA OPERACIONAL
Cyrela (CYRE3): os lançamentos caem 26% no terceiro trimestre e as vendas ficam em R$ 2,2 bilhões. A companhia lançou 13 empreendimentos de Valor Geral de Vendas (VGV) entre julho e setembro.
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
A guerra na Terra Santa: como o conflito entre Israel e o Hamas influencia Campos Neto na busca pela meta da inflação. Segundo o colunista Matheus Spiess, a escalada do conflito afeta a economia global, podendo levar os preços do petróleo a US$ 150 por barril, reduzir o crescimento global a 1,7% e pressionar a inflação.
PREVISÃO DE CRESCIMENTO SÓLIDO
JP Morgan inicia cobertura de empresa brasileira de equipamentos com compra e vê potencial de alta de 66% para papel; veja qual é a companhia. Banco norte-americano afirma que a empresa está bem posicionada no setor e está com ações baratas, o que justifica a indicação de compra.
CAMPOS NETO DE OLHO
A guerra entre Israel e Hamas vai impactar o ritmo ou o tamanho do ciclo de queda da taxa de juros? Veja o que disse um dos membros do Copom. O diretor admite que o conflito traz riscos que podem afetar preços de ativos, mas é cedo para saber se impactará a inflação e os juros.
CORRENDO RISCO?
O que Putin vai fazer na primeira viagem internacional desde que entrou na lista de “procurados” com guerra na Ucrânia. Essa é a primeira vez que o presidente russo vai para um país que não faz parte da antiga União Soviética desde que o mandado de prisão foi expedido pelo tribunal de Haia; saiba para onde ele vai e o que ele vai fazer lá.
A DISPUTA JÁ COMEÇOU
Trump ou Biden? Quem arrecadou mais milhões de dólares na corrida à Casa Branca até agora. A eleição presidencial nos EUA só acontece em novembro do ano que vem, mas os dois rivais políticos já estão na pista em busca de fundos para suas campanhas; veja quem levou a melhor no terceiro trimestre.
EXILE ON WALL STREET
Felipe Miranda: A neblina da guerra e outras coisinhas por aí. 3R, Petroreconcavo, GetNinjas, Intelbras e Arezzo – as ações que são oportunidades e as que o mercado já bateu demais, segundo o analista.
ANCORANDO AS EXPECTATIVAS
Campos Neto vai cumprir a meta? Por que o mercado passou a acreditar que o BC vai entregar a inflação combinada já em 2023. Boletim Focus desta semana traz pela primeira vez no ano a projeção para a inflação acumulada de 2023 dentro da meta do CMN.
Uma boa terça-feira para você!