Ultrapar e BR Distribuidora recuam antes da divulgação de balanço trimestral
Por Investing.com – Na tarde desta quarta-feira, após o fechamento do pregão, a Ultrapar (UGPA3) e a BR Distribuidora (BRDT3) divulgam o resultado do segundo trimestre do ano. De forma geral, o mercado está pessimista para o resultado do período, em um ambiente de maior concorrência e demanda claudicante dos combustíveis.
Neste cenário, a ações da Ultrapar recuam 1,75% a R$ 39,94, enquanto as da BR Distribuidora perdem 2,1% a R$ 19,08.
Para a Ultrapar, dona da marca Ipiranga, a projeção de consenso é de lucro líquido por ação de R$ 0,40, sendo que no mesmo período do ano passado o resultado foi de R$ 0,45. No entanto, é uma melhora na comparação com os R$ 0,13 apurados três meses atrás.
Para as receitas, a estimativa é que atinjam o patamar de R$ 22,42 bilhões, superando os R$ 20,75 bilhões de janeiro a março e também acima dos R$ 19,17 bilhões do segundo trimestre do ano passado.
A Coinvalores destaca em um cenário com a demanda por combustível ainda claudicante e a concorrência mais acirrada, pressionam a margem dos postos Ipiranga. O ponto positivo é que a valorização do dólar deve contribuir com as operações da Oxiteno, ainda assim estimativas apontam para queda de cerca de 8% do EBITDA de agora frente ao do 2T17.
Por outro lado, apesar do contexto setorial desafiador, a BR Distribuidora deve apresentar alguma melhora frente ao 2T17, em reflexo da redução de despesas operacionais, pela recente reestruturação organizacional, e pelo menor impacto do câmbio sobre o resultado financeiro, dado o menor endividamento desse ano.
Com isso, os analistas da Coinvalores esperam que os papéis da UGPA3 devem ficar pressionados, enquanto BRDT3 podem ter desempenho marginalmente positivo, em que pese as recentes investigações sobre uma possível manipulação de preços no Paraná, que além da Ultrapar e da BR também envolve a Raízen, da Cosan (CSAN3).