Criptomoedas

UE: Países membros não podem lançar criptomoedas soberanas

17 set 2019, 15:00 - atualizado em 17 set 2019, 17:55
Mario Draghi
Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, se posicinou contra a iniciativa da Estônia em lançar uma stablecoin soberana (Imagem: REUTERS/Ralph Orlowski)

O Banco Central Europeu (BCE) se posicionou contra o lançamento de uma criptomoeda soberana, como propunha a Estônia. Mario Draghi, presidente do BCE, se posicionou contra qualquer conversa sobre a proposta, de acordo com a matéria publicada pela Reuters.

“Nenhum estado membro pode introduzir sua própria moeda. A moeda da zona do euro é o euro”, afirmou Draghi.

A posição contrasta com um relatório do BCE, lançado há quatro meses, no qual se apresenta uma posição neutra em relação às criptomoedas, afirmando que eles não representam uma ameaça à “economia real”; posição esta que se coaduna com a opinião da futura presidente do BCE e atual Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. Leia mais aqui.

Como tal, talvez essa mudança de sintonia seja alimentada por uma crescente percepção de que as criptomoedas possam um dia usurpar os monopólios dos bancos centrais. Muito desse sentimento veio à tona com o lançamento da Libra Association em ter sua própria stablecoin lastreada por moedas soberanas.

O consórcio que supervisiona a Libra, bem como representantes do J.P. Morgan, expuseram seus planos sobre a stablecoins em uma conferência na Basileia, Suíça, informou o Bank for International Settlements (BIS) em comunicado. O BIS é um grupo que abrange os maiores bancos centrais do mundo.

A reunião foi convocada por um grupo de trabalho criado pelo Grupo dos Sete Países para examinar as stablecoins, em particular a Libra do Facebook. Benoit Coeure, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu, presidiu o evento.

Para Coeure, as stablecoins deverão passar por fortes crivos institucionais, pois elas representam risco às moedas soberanas e a política monetária dos Banco Centrais. Leia mais aqui.

“Eles dão origem a vários riscos sérios relacionados às prioridades de políticas públicas. O nível de aprovação regulatória será alto”, disse Benoit Coeure, em matéria da CNBC.

 

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