UE mira mais sanções à Rússia, Ucrânia pede zona de exclusão aérea à Otan
A União Europeia intensificará as sanções contra a Rússia, disseram ministros das Relações Exteriores reunidos em Bruxelas nesta sexta-feira, ao mesmo tempo que eles resistiram aos apelos da Ucrânia por uma ação militar que arriscaria levar a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a guerra.
Em Bruxelas para conversas com pares da Otan e da União Europeia, o principal diplomata da UE, Josep Borrell, disse que todas as opções permanecem sobre a mesa em relação a novas sanções contra a Rússia pela invasão de sua vizinha Ucrânia.
“Vamos considerar tudo”, declarou Borrell a repórteres quando questionado sobre a possível suspensão das importações de gás da Rússia pela UE.
O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, disse que uma quarta rodada de sanções pode afetar o acesso de mais bancos russos ao sistema de transferência internacional SWIFT, barrar navios russos de portos europeus e cortar importações da Rússia.
Não ficou imediatamente claro, no entanto, quando os 27 países da UE poderiam concordar com medidas exatas, dadas as divisões dos Estados-membros sobre fazer negócios com Moscou e a forte dependência de alguns países do fornecimento de energia russo.
“A cada dia, o Ocidente importa energia da Rússia no valor de 700 milhões de dólares”, disse a entidade Eurointelligence em nota.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu aos aliados ocidentais que imponham uma zona de exclusão aérea desde que a invasão de Moscou começou há nove dias, com a Rússia bombardeando cidades e levando o combate à maior usina nuclear da Europa.
Os membros da Otan enviaram armas para a Ucrânia, mas não chegaram a uma ação militar que os colocaria em conflito direto com a Rússia, que possui armas nucleares.