Ucranianos mobilizam Vale do Silício na guerra contra Rússia
Ucranianos que trabalham em empresas de tecnologia ocidentais estão se unindo para derrubar sites de desinformação, fazer russos se voltarem contra seu governo e acelerar a entrega de suprimentos médicos.
Eles estão buscando persuadir empresas como a empresa de segurança na Internet Cloudflare, Google, da Alphabet, e Amazon a fazer mais para combater a invasão russa na Ucrânia.
O presidente da fabricante de software CloudLinux, Igor Seletskiy, pediu que a Cloudflare abandone sites de notícias russos.
A Cloudflare dispensou alguns clientes por causa de sanções e começou a revisar contas sinalizadas no e-mail de Seletskiy, acrescentando que está agindo com cautela porque o corte de laços colocaria em risco a segurança de clientes.
No Google, empregados, incluindo centenas de descendentes de ucranianos, enviaram carta ao presidente-executivo, Sundar Pichai, pedindo que a gigante forneça mais ajuda à Ucrânia e modifique serviços, como mapas e ferramentas de publicidade.
O Google se recusou a comentar. Nos últimos dias, a empresa proibiu a mídia estatal russa de ferramentas de publicidade e aumentou as medidas de segurança para usuários na Ucrânia.
O grupo de ajuda humanitária Nova Ucrânia, com sede no Vale do Silício, pediu para a Amazon doar tempo de trabalho e fornecer suprimentos cruciais em seus aviões de carga e veículos que vão para países vizinhos, como a Polônia.
“Eles têm a escala que ninguém mais tem”, disse Igor Markov, diretor da Nova Ucrânia e cientista de pesquisa tecnológica.
A Amazon se recusou a comentar. A empresa nesta semana disse que doaria até 10 milhões de dólares para organizações que prestam apoio na Ucrânia.