Política

Ucrânia rejeita ultimatos conforme conflito se intensifica

21 mar 2022, 19:08 - atualizado em 21 mar 2022, 19:08
O conflito já retirou de suas casas quase um quarto dos 44 milhões de ucranianos (Imagem: Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS)

A Ucrânia disse que não vai aceitar ultimatos da Rússia após Moscou exigir que o país pare de defender a cidade sitiada de Mariupol, onde centenas de milhares de civis estão sofrendo com bombardeios russos desvastadores.

Mariupol se tornou um ponto focal da ofensiva russa à Ucrânia, mas de acordo com relatos os ataques também se intensificaram na segunda maior cidade do país, Kharkiv, nesta segunda-feira.

O conflito já retirou de suas casas quase um quarto dos 44 milhões de ucranianos, e a Alemanha prevê que o número de refugiados possa alcançar até 10 milhões nas próximas semanas.

A Europa disse que a Rússia está usando os refugiados como ferramenta e que está preparada para tomar mais medidas, além das sanções existentes, para isolar a Rússia das finanças e do comércio global.

As Forças Armadas russas ordenaram que os moradores de Mariupol se rendessem às 5h (no horário local) desta segunda-feira, dizendo que aqueles que se rendessem, poderiam sair, enquanto aqueles que ficassem seriam entregues a tribunais administrados por separatistas apoiados por Moscou.

O governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, respondeu que o país nunca se curvará a ultimatos e acrescentou que cidades como a capital Kiev, Mariupol e Kharkiv sempre resistirão à ocupação.

“Não pode haver qualquer rendição” em Mariupol, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

A invasão da Rússia, agora em sua quarta semana, em grande medida está estagnada, sem que as tropas consigam capturar qualquer grande cidade, mas causando destruição maciça em zonas residenciais.

A invasão da Rússia, agora em sua quarta semana, em grande medida está estagnada (Imagem: REUTERS/Gleb Garanich)

As cidades de Kharkiv, Sumy e Chernihiv, no leste ucraniano, também têm sido duramente atingidas pela tática da Rússia de atacar áreas urbanas com artilharia, como suas tropas fizeram antes na Síria e na Chechênia.

Autoridades ucranianas esperam que Moscou, que não conseguiu garantir uma vitória rápida, reduza suas perdas e negocie uma retirada.

Ambos os lados sugeriram na semana passada progresso nas negociações sobre uma fórmula que incluiria algum tipo de “neutralidade” para a Ucrânia, embora os detalhes fossem escassos.

As negociações foram retomadas nesta segunda e a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que foi alcançado um acordo sobre oito corredores de retirada de moradores e abastecimento para cidades sitiadas, mas que Mariupol não estava entre eles.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discutiu as “táticas brutais” da Rússia na Ucrânia com líderes europeus nesta segunda e o Reino Unido disse que reafirmou seu compromisso de apoiar a Ucrânia militar, diplomática e economicamente.

Mas os ministros das Relações Exteriores da União Europeia discordaram sobre se e como incluir energia nas sanções, com a Alemanha dizendo que o bloco é muito dependente do petróleo russo para determinar um embargo.

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reuters@moneytimes.com.br
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