Ucrânia

Ucrânia acusa Rússia de usar usina como “escudo nuclear” após ataque que diz ter matado 13

10 ago 2022, 9:56 - atualizado em 10 ago 2022, 9:56
Usina nuclear de Zaporizhzhia
Ucrânia e Rússia acusaram-se mutuamente de pôr em perigo a segurança da usina –a maior da Europa– com ataques nas proximidades (Imagem: REUTERS/Alexander Ermochenko)

A Ucrânia acusou nesta quarta-feira a Rússia de explorar sua posição em uma usina nuclear que ocupou para atingir uma cidade próxima em um ataque com foguetes que matou pelo menos 13 pessoas e deixou muitas outras gravemente feridas.

A cidade que a Ucrânia diz ter sido alvejada pela Rússia –Marhanets– é aquela que, segundo a Rússia, as forças ucranianas usaram no passado para bombardear as forças russas que estão na usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada em março.

Ucrânia e Rússia acusaram-se mutuamente de pôr em perigo a segurança da usina –a maior da Europa— com ataques nas proximidades.

Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fez um apelo aos dois lados para serem moderados, alertando para o “risco muito real de um desastre nuclear”.

E ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete principais países mais industrializados exigiram nesta quarta-feira que a Rússia devolva imediatamente o controle da usina para a Ucrânia, algo que parece improvável que Moscou faça.

Não houve comentários imediatos da Rússia sobre as alegações ucranianas de um ataque com foguete a Marhanets e a Reuters não pôde verificar de forma independente os relatos.

Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fez um apelo aos dois lados para serem moderados, alertando para o “risco muito real de um desastre nuclear” (Imagem: REUTERS/Leonhard Foeger)

Moscou diz que não visa deliberadamente civis no que chama de “operação militar especial” na Ucrânia, destinada a salvaguardar preventivamente sua própria segurança contra a expansão da aliança militar da Otan.

Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy, acusou a Rússia de lançar ataques contra cidades ucranianas a partir da usina nuclear de Zaporizhzhia, sabendo que era arriscado para a Ucrânia revidar.

“Oitenta foguetes reativos disparados contra prédios residenciais”, escreveu Yermak no serviço de mensagens Telegram, referindo-se ao ataque a Marhanets.

“A nação terrorista continua lutando contra os civis. Os covardes russos não podem fazer mais nada, então eles atacam cidades ignobilmente escondidos na usina atômica de Zaporizhzhia”, escreveu ele.

A Ucrânia, que acusa Moscou de travar uma guerra de agressão não provocada ao estilo imperial, diz que cerca de 500 soldados russos com veículos pesados ​​e armas estão estacionados na usina, onde técnicos ucranianos continuam trabalhando.

A Rússia afirma que suas forças estão se comportando com responsabilidade e fazendo todo o possível para garantir a segurança da instalação. Moscou acusou as forças ucranianas de bombardear a usina, algo que Kiev nega.

Valentyn Reznychenko, governador da região central de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, disse na quarta-feira que o ataque russo a Marhanets foi realizado com 80 foguetes Grad.

Mais de 20 edifícios foram danificados na cidade, que fica do outro lado do rio Dnipro em relação à usina, afirmou ele.

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