UBS recomenda venda para ações da Braskem por preocupação com margens a curto prazo
O UBS rebaixou sua recomendação à Braskem (BRKM5) para venda e reduziu o preço-alvo por ação de R$ 31 para R$ 28 por ainda se mostrar preocupado com as margens da empresa a curto prazo.
“Desde o nosso relatório de janeiro de 2019, os primeiros sinais de deterioração das margens emergiram, agravando nossas apreensões sobre a capacidade da companhia em manter seu Ebitda no nível atual”, afirmaram Luiz Carvalho e Gabriel Barra, da equipe de análise do banco.
Na avaliação dos analistas, 2019 foi um ano difícil para a Braskem devido a uma série de fatores – dentre eles as mudanças de administração, o problema ambiental com os poços de sal em Alagoas e a recuperação judicial do Grupo Odebrecht.
“Não acreditamos que esse ciclo irá acabar tão logo”, acrescentaram. “Em 2020, avanços podem vir com as operações mexicanas e a instalação de uma unidade de importação de etano via ‘fast track’, mas os ganhos serão tímidos comparados com os resultados gerais da empresa”.
O UBS também estima que a ação continuará sendo negociada abaixo da expectativa por conta dos múltiplos de 2020/2021, puxados por um Ebitda menor.
“As margens poderão continuar em tendência de queda, principalmente no negócio de polietileno (PE), onde a capacidade adicional continua a pesar nos resultados da companhia”, analisou o banco.
O início de uma nova planta de polipropileno (PP) nos Estados Unidos também não deve aplacar a tendência. Ainda assim, o UBS não descarta a possibilidade de que as margens de longo prazo possam dar algum suporte no preço da ação.