UBS recomenda compra das ações da Petrobras, já que estratégia não mudou
Enquanto grande parte do mercado reage à mudança de comando na Petrobras (PETR3; PETR4) orquestrada pelo presidente Jair Bolsonaro, há quem ainda mantenha recomendação de compra das ações da estatal à medida que a estratégia de longo prazo da empresa parece conservada.
“Apesar da influência do governo federal, a questão-chave está fincada na estratégia de longo prazo da petroleira. O risco só se fará concreto caso a Petrobras mude sua política de preços e comece a subsidiar os preços do combustíveis como feito durante a Era Dilma (2010-2014),” advertem os analistas Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam o relatório do UBS.
É cedo para saber se o general Joaquim de Silva e Luna, indicado para substituir Roberto Castello Branco no comando da Petrobras, manterá a atual política de preços, ou se se submeterá à ingerência política do Palácio do Planalto.
O UBS relembra que em 68 anos de história da Petrobras, estamos prestes a ter o 39° presidente a comandar uma das maiores empresas da América Latina, o que reflete em uma média de 1,7 ano em cada gestão.
Para a dupla, outro fator que poderia acender o sinal de alerta seria, caso a estatal também mudasse sua direção de desinvestimentos, principalmente em refino e gás natural.
“Em caso de guinada, veríamos uma mudança de 180° na estratégia da companhia, o que afetaria sensivelmente a nossa tese de investimento”, explicam os especialistas.
O banco suíço também reforça que para minar cada vez a influência de Brasília sobre a Petrobras é necessário encerrar os monopólios do setor petrolífero, criando mais competição.
Veja a seguir a recomendação do UBS para as ações da Petrobras:
Empresa | Ticker | Recomendação | Preço-alvo (R$) |
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Petrobras | PETR4 | Compra | 31 |