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UBS negocia fusão com Credit Suisse, criando um super banco europeu

14 set 2020, 7:24 - atualizado em 14 set 2020, 7:43
UBS
O projeto, chamado de Signal, é conduzido pelo presidente do conselho do UBS (Imagem: Reuters/Arnd Wiegmann)

Os presidentes dos conselhos do UBS e do Credit Suisse avaliam uma possível fusão para criar um dos maiores bancos da Europa, informou o blog Inside Paradeplatz, que citou pessoas não identificadas das duas instituições.

O projeto, chamado de Signal, é conduzido pelo presidente do conselho do UBS, Axel Weber, que trabalha com seu homólogo no Credit Suisse, Urs Rohner, disse o blog.

Weber discutiu a ideia com o ministro das Finanças da Suíça, Ueli Maurer, e um acordo pode acontecer no início do próximo ano, segundo a reportagem.

Porta-vozes dos dois bancos não quiseram comentar.

O setor bancário da Europa está sob pressão para se consolidar à medida que a pandemia de coronavírus aumenta os desafios das taxas de juros negativas. Os espanhóis CaixaBank e Bankia estudam uma fusão para formar o maior banco do país e iniciar a consolidação.

Embora um acordo entre os dois bancos suíços permita a eliminação da sobreposição, a execução de tal transação pode ser difícil, disse Andreas Venditti, analista da Vontobel.

O setor bancário da Europa está sob pressão para se consolidar à medida que a pandemia de coronavírus aumenta os desafios das taxas de juros negativas (Imagem: Reuters/Arnd Wiegmann)

“A regulamentação seria o maior obstáculo, em minha opinião”, porque os requisitos são mais rígidos quanto maior for uma instituição, disse Venditti, acrescentando que não acredita que um acordo seja provável.

O UBS está no meio de mudanças no comando: o ex-diretor-presidente do ING Groep, Ralph Hamers, assume o cargo do CEO Sergio Ermotti em novembro. Weber permaneceria como presidente do conselho da empresa combinada, sendo provável que o CEO seja do Credit Suisse, de acordo com a reportagem.

Uma fusão poderia resultar em cortes de empregos entre 10% e 20% da força de trabalho, o equivalente a 15 mil ou mais em todo o mundo, de acordo com a reportagem. A agência reguladora do setor bancário Finma foi informada das deliberações, segundo o Inside Paradeplatz.