UBS: Investidores ‘fecham a cara’ para grande pagadora de dividendos; entenda
Os investidores da CPFL Energia (CPFE3) não gostaram do fato da empresa ter diminuído os dividendos com a intensão de, possivelmente, participar da concessão de distribuição no Ceará, afirma o UBS em relatório.
A empresa informou que analisa a possibilidade de compra da distribuidora Enel Ceará (antiga Coelce), mas destacou que também enxerga outras oportunidades de aquisição.
A empresa ponderou, porém, que não há qualquer acordo, vinculante ou não vinculante, celebrado entre a CPFL Energia e a Enel Ceará.
O CEO da elétrica, Gustavo Estrella, disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que se tudo der certo, a aquisição vai acontecer ao longo de 2023.
“O que a gente fez foi declarar parcialmente os dividendos relacionados aos lucros de 2022. Fizemos isso para segurar caixa no processo de aquisição eventual da Coelce. A gente está aqui segurando caixa para um eventual novo investimento. A Coelce é, sim, uma alternativa e uma oportunidade que a gente pode ter”, disse ao jornal.
“Os investidores estão mais cautelosos com o nome vendo a possibilidade de a CPFL participar de um leilão
mais competitivo do que o esperado para adquirir a concessão de distribuição de energia do Ceará”, discorre o banco.
Apesar disso, o UBS nota que a elétrica possui forte geração de caixa e tem pago dividendos elevados.
A CPFL Energia registrou um lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no primeiro trimestre de 2023, aumento de 42% em relação à igual período do ano passado.
Analistas esperavam lucro líquido de R$ 1,38 bilhão, de acordo com dados reunidos pela Refinitiv.