UBS faz alerta para a Vale (VALE3) sobre demanda de minério de ferro
O UBS soltou relatório em que faz alerta para as mineradoras, especialmente a Vale (VALE3), a maior companhia brasileira, sobre os riscos para a demanda de minério de ferro no segundo semestre.
Dados das liberações alfandegárias mostram que os estoques de minério de ferro subiram pela sexta semana consecutiva para 38 dias.
“Alertamos que isso deve continuar no segundo semestre com a demanda enfraquecendo sazonalmente e a oferta aumentando sazonalmente, pressionando os preços, semelhante ao segundo semestre de 2021”, coloca.
Mesmo assim, o banco ressalta que o mercado de minério de ferro permanece equilibrado no curto prazo, apoiado por interrupções no fornecimento global juntamente com a fraqueza sazonal.
“Mas isso deve reverter no segundo semestre com a oferta agora aumentando”, diz.
O banco avalia que os preços do minério de ferro têm risco de queda de US$ 110 por tonelada hoje para US$ 100 por toneladas em 2023, US$ 80 por tonelada em 2024 e US$ 75 por tonelada em 2025.
Embarques da Vale
Os analistas lembram que os embarques de minério de ferro da Vale caíram 21%, para 5,4 milhões de toneladas, enquanto os embarques no acumulado do ano caíram 1% no ano.
Especificamente nos sistemas de minério de ferro da Vale, os embarques dos sistemas Norte e Sul aumentaram a/a em julho, enquanto os embarques dos sistemas Sudeste caíram.
Fundo do poço
A Vale atingiu o “fundo” no segundo trimestre e deve apresentar resultados melhores daqui para frente, diz o BTG Pactual (BPAC11).
Na avaliação do banco, os resultados do segundo trimestre devem marcar o destaque negativo de 2022 para a mineradora sob várias métricas, enquanto o “pico do pessimismo” já está precificado nas ações.
Após uma reunião com o Gustavo Pimenta, diretor financeiro da Vale, os analistas do BTG estão animados com os planos da companhia para melhorar os resultados e, consequentemente, a percepção do mercado.
Com Diana Cheng
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