Economia

UBS reduz previsão de crescimento global para os próximos dois anos; EUA perde confiança e deve desacelerar

24 abr 2025, 11:19 - atualizado em 24 abr 2025, 11:19
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(Imagem: iStock/hernan4429)

O UBS reduziu a previsão de crescimento da economia global, considerando a atual vigência das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Até 2026, o crescimento global deve desacelerar para 2,5%, diferente da perspectiva inicial de 2,9%.

Esse foi o terceiro ajuste nas projeções realizadas pelos analistas nas últimas duas semanas. O banco destaca que as estimativas do PIB global já foram cortadas em 0,4 pontos percentuais (p.p) para 2025 e mais 0,2 p.p para 2026.

Os analistas destacam que é possível que as negociações reduzam as tarifas, o que levaria a uma nova projeção. Da mesma forma que há possibilidade de tarifas ainda mais elevadas, já que o mercado aguarda definições para farmacêuticos e semicondutores.

Projeções para os EUA

Segundo a projeção do UBS, o crescimento da produção nos EUA deve ficar em 1,5%, menor que os 2% estimados anteriormente. Para 2026, o banco acredita que o país deve registrar leve crescimento de 0,8%, também mais baixo que as projeções passadas (de 1,8%).

Os analistas estimam que o valor total em dólares das tarifas atuais, que ainda incluem impostos universais de 10% e taxas de importação separadas sobre itens como alumínio, aço e automóveis, está em US$ 780 bilhões.

Após o recuo do presidente Donald Trump com outros países, a concentração das tarifas na China poderia melhorar as previsões de crescimento e inflação, já que segundo o banco, a redução nas tarifas recíprocas permitia uma maior substituição de produtos tarifados.

No entanto, as tarifas sobre a China escalaram e as retaliações também aumentaram, revertendo a eventual melhora nas projeções. O UBS destacou que a confiança nos EUA está caindo de forma muito mais acentuada do que na China e na União Europeia.

De acordo com o UBS, qualquer nova retaliação tende a aumentar a inflação no país que a impõe, com redução da oferta do mercado americano. Apesar disso, as retaliações podem neutralizar a força do dólar, que compensaria, em partes, o impacto inflacionário.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.

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