Economia

UBS BB já prevê Selic a 12% ao ano

09 dez 2021, 10:56 - atualizado em 09 dez 2021, 10:56
UBS
Atualização da instituição é uma reação ao Copom. (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)

O UBS BB prevê que a Selic chegará a 12% ao ano em março de 2022, segundo relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (9). Até ontem, o banco tinha expectativa de taxa de juros terminal a 11,5%.

A atualização da instituição, uma formadora de opinião no mercado, é uma reação ao Copom, que na quarta decidiu pela Selic a 9,25% ao ano — como era esperado pelo mercado —, mas surpreendeu os analistas com um comunicado mais duro.

Por ora, o mercado espera a Selic terminal a 11,75%, segundo edição mais recente do boletim Focus, do BC. Mas a mediana das projeções tende a aumentar, conforme os bancos realizam ajustes nesta semana.

Para o UBS BB, o BC realizará uma alta de 1,5 ponto percentual na próxima reunião e de 1,25 ponto em março, segundo o relatório assinado por Alexandre de Azara e Fabio Ramos. Anteriormente, o banco esperava uma última elevação de 0,75 ponto.

A instituição lembra que nas duas reuniões anteriores o Copom considerou o ritmo de ajuste como o “adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”, mas diz que na decisão mais recente o BC não se referiu ao ritmo.

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Aperto monetário

O UBS BB chama a atenção para o trecho em que o Copom diz que “com o risco de redução das expectativas de longo prazo, é apropriado avançar o processo de aperto monetário de forma significativa no território restritivo”.

Os analistas da instituição dizem que o BC está atuando para convergir a inflação para a banda da meta, e não o centro da meta.

A pesquisa Focus mostra que o mercado espera o objetivo sendo atingindo acontecendo apenas ano primeiro trimestre de 2023 e tem expectativa por cortes na taxas de juros a partir de outubro de 2022.

Para o UBS BB, o BC também age para manter as expectativas de inflação para 2023 sob controle ou perto da meta de 3,25%. “A mensagem mais importante é que BC não quer cortar taxas antes da convergência”, disse o banco.