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UBS BB está cético com Stone (STNE). O que poderia mudar a visão dos analistas?

14 abr 2022, 13:08 - atualizado em 14 abr 2022, 13:08
Stone
O UBS BB cortou as estimativas de LPA da Stone em 2022 e 2023 (Imagem: Facebook/Stone)

O UBS BB continua neutro com as ações da Stone (STNE), mesmo após incorporar os resultados do quarto trimestre de 2021 e o guidance acima do esperado para o primeiro trimestre de 2022 no modelo de investimento da companhia.

Aliás, a instituição cortou as estimativas para o nome, ajustando as projeções de lucro por ação (LPA) em -2% e -6% em 2022 e 2023, respectivamente, refletindo o aumento das despesas financeiras e menor originação de crédito.

O UBS BB também cortou o preço-alvo do papel em 38%, de US$ 21 para US$ 13, refletindo o ambiente ainda desafiador para a companhia no ano.

Mesmo com a ação sendo negociada abaixo de sua média histórica, analistas acreditam que o cenário atual de menor lucratividade justifica múltiplos mais baixos.

A Stone deu início recentemente a sua estratégia de reprecificação. De acordo com a companhia, o take rate de micro, pequenas e médias empresas aumentou para 2,02% em janeiro (ante 1,71% no quarto trimestre de 2021), enquanto o crescimento do TPV (volume total de pagamentos) ultrapassou 80% na comparação anual tanto em janeiro quanto em fevereiro.

Segundo o UBS BB, embora a reprecificação em andamento tenha apresentado resultados melhores que o esperado, isso não é o bastante para mitigar os impactos negativos das despesas.

“Olhando para as receitas líquidas de pré-pagamento de custos de captação como uma porcentagem do TPV, vemos que o índice caiu para 0,29% no quarto trimestre de 2021, de 0,38% no terceiro trimestre de 2021 e 0,5% no quarto trimestre de 2020”, destacam os analistas Kaio Prato, Bruna Werneck e Leandro Leite, em relatório divulgado nesta quarta-feira (13).

Outro cenário

O UBS BB pode adotar uma visão mais positiva sobre a Stone se a companhia alcançar alguns checkpoints específicos:

  • virar o negócio de crédito, provando sua sustentabilidade e eventualmente retomada de ritmo de originação;
  • provar a capacidade de continuar aumentando os preços sem gerar maior desaceleração de churn/TPV; e
  • entregar melhorias na integração com a Lix/margens de software.

“Na nossa visão, poderia indicar que [a Stone] é capaz de conciliar melhor lucratividade e crescimento”, afirmam os analistas.

Da mesma maneira que o UBS BB pode adotar um tom mais positivo, o banco também pode se tornar mais pessimista com a Stone se a empresa mostrar mais compressão de margem e diferentes problemas relacionados aos negócios de crédito e/ou software.

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