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Ubisoft lança novo jogo de cards colecionáveis na Ethereum em apoio à UNICEF

18 jun 2020, 9:58 - atualizado em 18 jun 2020, 9:58
Ubisoft, desenvolvedora francesa de jogos, lançou um jogo de cards colecionáveis baseado na plataforma blockchain Ethereum chamado Rabbids Tokens. Lucros do jogo serão direcionados para a UNICEF (Imagem: Rabbids Token)

Rabbids são personagens da série Raving Rabbids! da Ubisoft, derivada de outro jogo popular da empresa, Rayman.

Ubisoft é uma empresa parisiense de criação de jogos conhecida por desenvolver jogos como Rayman e as franquias de jogos Assassin’s Creed, Far Cry e Just Dance. Em junho de 2020, estima-se que a empresa tenha um lucro líquido de US$ 9,27 bilhões.

O jogo Rabbids Token possui similaridades com o popular jogo de cards colecionáveis CryptoKitties, fazendo com que a rede Ethereum congestionasse e entrasse em colapso em 2017.

O whitepaper original da Ethereum, de 2013, descreve a intenção da plataforma blockchain de “criar um protocolo alternativo para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas, fornecendo um conjunto diferente de trocas que acreditamos que será muito útil para uma grande classe de aplicações descentralizadas”.

O projeto Ethereum foi proposto por Vitalik Buterin. Outros contribuidores iniciais incluem Anthony Di Iorio, Charles Hoskinson, Mihai Alisie, Amir Chetrit, Joseph Lubin, Gavin Wood e Jeffrey Wilcke.

Houve uma oferta inicial de moeda (ICO) em 2014, em que US$ 16 milhões foram arrecadados em apoio ao crescimento do protocolo.

Ethereum consegue fornecer suporte a aplicações e jogos complexos como Rabbids Tokens por meio do uso do que o whitepaper descreve como uma “camada-base abstrata e definitiva”.

A camada-base da Ethereum é um blockchain com uma linguagem de programação integrada “Turing-completude”, ou seja, pode solucionar qualquer problema computacional.

Atualmente, essa linguagem de programação é chamada de Solidity. Ethereum permite que qualquer desenvolvedor crie contratos autônomos e aplicações descentralizadas, que possuem suas próprias regras arbitrárias para governança, formatos de transação e funções de transição de estado.

Tokens não fungíveis (NFTs) – Rabbids Tokens

O jogo Rabbids Token se conecta a carteiras em navegadores para a Ethereum, como a MetaMask. O jogo foi desenvolvido pelo Ubisoft Strategic Innovation Labs, um projeto interno da Ubisoft que apoia startups.

A empresa descreve a missão do projeto para “ajudar a Ubisoft a prever o futuro. É um grupo de especialistas que analisa tendências tecnológicas, sociais e comerciais para identificar oportunidades de inovação e explorar as possibilidades por meio de protótipos e projetos com parceiros internos e externos”.

Usuários podem adquirir tokens Rabbids usando ether (ETH) e existem como tokens não fungíveis padrão ERC-721 e baseados em contratos autônomos.

Tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) contêm informações identificáveis e exclusivas em seus contratos autônomos. Assim, diferente do ether, um token Rabbids não é diretamente substituível por outro.

Tokens Rabbids possuem mecanismos distintos de jogabilidade que o separam de outros jogos colecionáveis de cripto em que NFTs são gerados ou negociados.

Nesse jogo, NFTs podem ser comprados de outros jogadores sem seu consentimento. Tokens se transformam toda vez que mudam de dono e, cada vez que um token for roubado, o aspecto físico de um animal do token muda.

Embora jogadores não possam fazer nada para manter seus tokens Rabbids, tokens vêm com certificados de prova de governança plausível (POPO) que permanece na carteira dos jogadores para sempre, ou seja, os jogadores possuem evidência registrada em blockchain de qualquer NFT que vierem a adquirir no jogo.

Jogadores podem coletar POPOs para tentar garantir uma coleção de certificados. POPOs não podem ser vendidos ou negociados.

“POPOs” são contratos que permanecem na carteira dos jogadores para sempre como prova de que adquiriram os tokens, mesmo se estes “mudarem” de forma quando forem “roubados” (Imagem: Rabbids Token)

Quando um jogador compra um token, os lucros, pagos em ether, vão diretamente para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

A UNICEF foi fundada em 1946 e, atualmente, possui sede na Cidade de Nova York. É uma agência responsável pelo fornecimento de ajuda humanitária e de desenvolvimento para crianças em todo o mundo.

Em outubro de 2019, a UNICEF anunciou que começaria a aceitar, deter e desembolsar doações nas criptomoedas ether e bitcoin (BTC). Isso foi possível graças à criação do UNICEF Cryptocurrency Fund e marca a primeira vez em que uma organização das Nações Unidas aceitou criptomoedas.

O UNICEF Cryptocurrency Fund foi criado para fornecer apoio a projetos que ajudam crianças e jovens em todo o mundo.

A primeira contribuição ao fundo foi feita pela Ethereum Foundation (EF), organização sem fins lucrativos dedicada a apoiar o protocolo Ethereum e tecnologias relacionadas. A doação inicial feita pela Ethereum Foundation foi de 100 ETH (o equivalente a R$ 124 mil).

“Finanças digitais irão mudar significativamente a forma como funcionamos como uma organização”, disse Sunita Grote, gestora do fundo de inovação da UNICEF em entrevista ao site Quartz em fevereiro de 2020.

“Havia uma necessidade de preparar a organização a conseguir alavancar o tipo de tecnologia emergente nessa área para nos tornar mais eficientes.”

O UNICEF Cryptocurrency Fund é situado dentro de uma iniciativa maior da UNICEF chamada de Innovation Fund. Esse fundo é responsável por projetos que usam tecnologias como drones, aprendizado de máquina, blockchain e outros avanços que se alinham com seus propósitos principais.

Projetos financiados pelo Innovation Fund variam do setor de jogos à entrega de medicamentos e redes móveis.

Para receber financiamento, um projeto deve fazer parte de mercados emergentes ou em desenvolvimento, trabalhar em uma área que possua uma capitalização de mercado de US$ 1 bilhão e utilizar a tecnologia de código aberto.

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