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Twitter reverte algumas demissões e adia serviço por assinatura

07 nov 2022, 8:45 - atualizado em 07 nov 2022, 8:45
Twitter
O Twitter fez demissões para cortar custos após a aquisição de Musk, encerrada no final de outubro (Imagem: Unsplash/Joshua Hoehne)

O Twitter caminha para a segunda semana sob Elon Musk com metade de sua força de trabalho, perdas crescentes e algumas reversões inesperadas em seus planos.

A empresa de mídia social demitiu cerca de 3.700 pessoas na sexta-feira, e logo depois entrou em contato com dezenas de funcionários que teriam sido demitidos por engano ou eram muito essenciais para as mudanças que o bilionário quer implementar.

Outro dos principais objetivos iniciais de Musk — adicionar marcas de verificação para membros do serviço por assinatura — será adiado até quarta-feira para evitar um possível caos durante as eleições de meio de mandato nos EUA.

O vai e vem, descrito por pessoas familiarizadas com a situação e em um memorando interno da empresa no Slack, segue o reconhecimento do próprio Musk em um tweet de que a empresa que comprou por US$ 44 bilhões perde US$ 4 milhões por dia.

O Twitter fez demissões para cortar custos após a aquisição de Musk, encerrada no final de outubro. Muitos funcionários descobriram que perderam o emprego depois que seu acesso a sistemas da empresa, como e-mail e Slack, foi subitamente suspenso. Os pedidos de retorno de funcionários mostram como o processo foi corrido e caótico

Um porta-voz do Twitter não respondeu a um pedido de comentário.

“Em relação à redução da força de trabalho do Twitter, infelizmente não há escolha quando a empresa está perdendo mais de US$ 4 milhões por dia”, tuitou Musk na sexta-feira.

Algumas regiões foram mais atingidas do que outras. A empresa demitiu mais de 90% de sua equipe na Índia no fim de semana, desfalcando severamente sua equipe de engenharia e produtos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Os cortes deixaram a empresa com cerca de uma dúzia de funcionários em um mercado em crescimento, disseram.

A Meta, que também luta para conter custos depois de investir pesadamente em seu projeto de metaverso, pode anunciar demissões esta semana, informou o Wall Street Journal , citando pessoas não identificadas com conhecimento dos planos. As demissões da controladora do Facebook, que devem afetar milhares de trabalhadores, podem começar já na quarta-feira, segundo o jornal.

O Twitter tem cerca de 3.700 funcionários remanescentes, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Musk está pressionando aqueles que permanecem na empresa a avançar rapidamente com os novos recursos e, em alguns casos, os funcionários até dormiram no escritório para cumprir novos prazos.

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