“Twitter menos raivoso”: Threads quer um mundo ‘sem polêmicas’ para sua comunidade; entenda

Adam Mosseri, CEO do Instagram e responsável pelo lançamento do Threads, disse que o microblog da Meta Platforms (META) não impulsionará conteúdos relacionados à política ou notícias.

A mudança de estratégia da Meta ocorre com base na percepção de que o escrutínio e a negatividade que conteúdos destas categorias podem trazer não compensam para a plataforma, de um modo geral.

Caso se confirme, a decisão do comando do Threads mostra um deslocamento importante com relação às forma como se gere o Facebook e também o próprio Twitter. Ambas plataformas que ganharam notoriedade pelo compartilhamento de notícias e de conteúdos políticos.

Complementando a sua visão sobre como deverá ser o ‘cardápio’ do Threads, o CEO do Instagram defende a predominância de conteúdos menos ‘polarizáveis’, como esportes, beleza e moda.

“Esses conteúdos são suficientes para fazer uma plataforma vibrante, sem que seja preciso entrar em política ou notícias”, argumenta.

Antes mesmo do lançamento, a principal característica promovida pela Threads é de ser um “Twitter menos raivoso para convsersações”. Com isso, a Meta busca abarcar comunidades do Instagram que nunca aderiram ao Twitter, além de ex-usuários da plataforma rival que se frustraram com a dinâmica da rede social.

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Threads bate 100 milhões de usuários

O Threads continua um fenômeno imparável. O aplicativo já ultrapassou 100 milhões de usuários cadastrados, segundo Search Engine Journal. O levantamento considerou a aparição dos símbolos “@” nas contas de Instagram, já que indicam as pessoas que possuem o microblog ativado.

A marca foi atingida em cerca de cinco dias após o lançamento do aplicativo. A título de comparação, o ChatGPT levou pelo menos dois meses para alcançar 100 milhões de seguidores e o TikTok levou nove meses.

O sucesso da Threads já incomoda a rede de Elon Musk. O tráfego dentro da plataforma social de Elon Musk caiu 5% nos 5 primeiros dias de existência da Threads, segundo dados da SimilarWeb citados pelo The Wall Street Journal.